A poucos dias para anunciar seu futuro político, se disputará uma vaga no Senado ou o Governo do Estado, o ex-senador Jorge Viana conclamou aos partidos que fazem oposição ao governador Gladson Cameli (PP) a se unirem em uma grande frente política-partidária. Ele pontuou que, se dependesse dele, uma frente com PT, PCdoB, MDB, PSD, PV, PSOL, seria formada.
“Eu sempre fui filiado ao Partido dos Trabalhadores e, eu acho, que se dependesse de mim, teria uma ampla frente para enfrentar o atual governo aqui do estado. Acho que não deu conta do que se propôs e para a gente poder fazer o Acre voltar a ter um ambiente de paz e de harmonia inclusive derrotando o presidente Bolsonaro”, disse Jorge Viana.
O ex-parlamentar afirmou, ainda, que os partidos podem sim ter seus candidatos ao governo do Acre, porém que pactuem que, em um eventual segundo turno, todos estejam unidos em um propósito. Segundo colocado na última pesquisa Big Data/TV Gazeta, Jorge Viana acredita que é possível, sim, a eleição ser decidida em dois turnos.
“Também um outro caminho é cada um fazer a sua luta, mas com o entendimento dos que são oposição ao governo estadual e ao governo Bolsonaro, nós podemos ter candidaturas próprias, mas que haja um entendimento entre nós de que a boa política, o bom propósito, de tirar o povo da miséria, do desemprego, tem que nos unir. Eu diria que a coisa é tão séria no plano nacional e local que não dar para cobrar margem ideológica. O que deveria nos unir, ou estabelecer uma relação de convivência, seria tirar o presidente que está aí que afundou o Brasil na maior crise que nós temos, com as pessoas vivendo uma situação de miséria e de pobreza, e aqui no nosso estado, o governador agora é parte de uma situação delicadíssima, levantada pela Polícia Federal, como um provável envolvido no maior escândalo de corrupção da história do Acre e ao mesmo tempo já está no quarto ano e a situação do acre só piorou”, disparou.
Jorge Viana disse também que neste momento em que vive o Acre e o Brasil, as ideologias partidárias devem ser deixadas de lado em busca de um projeto coletivo de reconstrução do Acre e do Brasil.
“Acho que não tem que ter um corte ideológico, acho que tem que ter um propósito. Quem quiser deixar para trás esse momento de miséria, de desemprego para que a gente viva tempos de prosperidade para todos, pode fazer ou junto ou trabalhando com alguma sintonia política. Pode ser que não dê para juntar todos, mas dar para juntar os propósitos de todos. O próprio governador do Acre brigou com todo mundo que o elegeu. Ele brigou com o senador Petecão, ele brigou com o vice, com MDB para falar alguns. Ora, então tem muita coisa errada, tem muita coisa grave nisso. As pessoas ou as forças políticas que estão divergindo do rumo ou da falta de rumo do atual governo podem ter um propósito para a gente dialogar. Uns sendo candidatos a estadual, federal, pelo Senado ou pelo governo. Talvez não dê para ter uma união pelo bloco só, mas tenha união por um propósito só”, destaca.
As declarações de Jorge Viana foram dadas na saída da sessão em alusão aos 100 anos do PCdoB no Brasil, realizada pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).