Diante da recomendação dos Ministérios Público do Estado (MP-AC) e Federal (MPF) serem contra a reabertura gradual do comércio, a diretoria da Associação Comercial (Acisa), se posiciona nesta quinta-feira (11). Na visão da entidade, é lamentável manter o comércio fechado por mais 15 dias, pois, a “solução” que vem sendo apresentada é mais fácil e mais cômoda, porém, não é a melhor alternativa para todos, inclusive para o estado, que já perdeu 30% de arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
O presidente da Acisa, Celestino Oliveira, vem ouvindo o clamor dos empresários de todo o estado, e periodicamente realiza reuniões, a fim de buscar uma solução para que a economia não entre em total colapso.
“Desde o começo venho defendendo a reabertura consciente do comércio. Acompanho de perto a situação de empresas em todo o estado. O Conselho formado pelo governo, a meu ver, está focado apenas no centro da cidade e proximidades. Recomendo que os conselheiros visitem os bairros e sintam a realidade da população sem condições. Decretar é fácil, difícil é criar políticas públicas que possam dar condições para aqueles que não tem como se manter em casa, para que tenham o mínimo para sobrevivência: o alimento”, explica.
A recomendação foi divulgada nesta quarta-feira (10) e, assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida, e pelo promotor de Justiça Gláucio Ney Shiroma Oshiro. O documento é baseado no crescente número de mortos e infectados pela Covid-19 no Acre. O governo tem 48 horas para apresentar as medidas e acatar a recomendação.
“Durante 90 dias não tivemos intervenção para que o Governo ampliasse o SUS, assim como, não atuaram para que a ajuda financeira chegasse nas mãos de autônomos e empresas”, disse.
Acisa é o segundo maior arrecadador de alimentos para os menos favorecidos, depois do Governo
Solidários às milhares de famílias que estão enfrentando este período de pandemia, sem recursos e sem ter o que comer, a Acisa realizou campanhas de arrecadação neste período em que o comércio está fechado. De acordo com o balanço apresentado pelo presidente, a entidade atingiu a marca de 60 toneladas de alimentos para doação, ficando atrás apenas das arrecadações do Governo do Estado.
“Somos totalmente conscientes da gravidade da situação, e prezamos pela vida. Por isso, nossa entidade sempre está engajada no social, em ajudar as pessoas”, finaliza o presidente.