Uma das maiores preocupações dos técnicos do governo do Estado é com o déficit crescente do Acreprevidência para o pagamento dos servidores aposentados. Em 2024, são mais de R$ 941 milhões de déficit, um aumento de 8,72%. Os números foram apresentados pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Ricardo Brandão.
“Em 2015, o déficit financeiro era de R$ 85 milhões para o ano todinho. Para 2024, o nosso déficit financeiro está em R$ 941 milhões. Isso é aquele ponto onde aquela conta não fecha. Hoje a gente é obrigado a retirar do orçamento do Executivo Estadual esse montante para complementar o pagamento dos servidores aposentados do nosso Estado. A realidade nossa, ela aproxima da do Rio Grande do Sul, que a curva de aposentados começa a se aproximar da curva de servidores ativos. Aí vem as preocupações”, disse Ricardo Brandão.
A fala de Brandão foi comentada pelo deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB). Para o líder da oposição, o governo do Estado “sabota” a previdência ao contratar servidores temporários, ao invés de efetivos. Os temporários não contribuem para o Acreprevidência, mas para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
“O Estado sabota a previdência. Quando você esse número extraordinário de contratos provisórios na Educação, são mais de seis mil, deixam de arrecadar para a previdência. Agora mesmo, dessa discussão da Saúde, foi dado posse, mas ao mesmo tempo está se contratando de forma provisória servidores para a Saúde com servidores efetivos no banco de reserva do concurso. Todo dia que eu ponho um provisório no lugar de um efetivo, eu estou sabotando a previdência. A gente precisa mergulhar nesse problema”, disse Edvaldo Magalhães.