O delegado-geral do Polícia Civil do Acre, delegado Henrique Maciel, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira, dia 24. O decreto é assinado pelo governador Gladson Cameli, e já está valendo. O delegado estava no cargo desde maio de 2019, após a exoneração de Rêmulo Diniz do cargo.
Em entrevista ao portal Notícias da Hora nessa semana, o delegado Henrique Maciel, falou a respeito da denúncia feita contra ele ao Ministério Público do Acre, especificamente à Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público, sobre um suposto recebimento de “rachadinha”.
“Infelizmente uma denúncia dessa vai se torna uma denúncia caluniosa. É uma denúncia sem provas, que não há provas. Vou me posicionar junto ao Ministério Público, vou abrir o meu sigilo bancário, fiscal e telefônico, meu e da minha esposa, que foi citada, entendeu?”, disse o delegado.
Segundo Maciel, não há problema em ser questionado. “A gente está muito indignado. Eu tenho uma história, uma história de vida pública. Trabalhei quase 30 anos no Tribunal de Justiça, trabalhei no Banacre. Só de polícia tenho 25 anos e nunca tive nada com relação a um tipo de situação como essa”, disse o delegado ao Notícias da Hora.
Josemar Portes assume o cargo
O delegado Josemar Portes foi nomeado novo chefe da Polícia Civil do Acre. A decisão, assinada pelo governador Gladson Cameli, está no Diário Oficial, edição desta sexta-feira, dai 24. Fortes assume o lugar deixado pelo colega Henrique Maciel, exonerado também nesta sexta.
Josemar é o terceiro a assumir a chefia da polícia judiciária desde o início do governo. Antes de Henrique Maciel, o delegado Rêmulo Diniz também sentou à cadeira mais importante da instituição. Desde o início da gestão, conflitos internos causaram até a baixa do status de secretaria do órgão.
A exoneração de Henrique Maciel foi feita após a notícia de que uma denúncia de recebimento de “rachadinha” por parte do então delegado-geral teria chegado ao Ministério Público. O fato foi confirmado pela Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público, coordenada pela promotora Myrna Teixeira Mendoza.
De acordo com a reportagem e a cópia da denúncia anexada ao material jornalístico, José Henrique Maciel teria nomeado servidores para, em troca, receber parte dos salários. Ao menos três pessoas teriam participado do esquema.
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