Uma denúncia feita ao Ministério da Educação e mantida em sigilo impediu que a professora Rosana Cavalcante, reeleita para comandar o Instituto Federal do Acre (Ifac) fosse nomeada ao cargo pelo ministro da Educação Abraham Weintraub. O mandato de Rosana acabou no último dia 14 de abril.
O informe foi confirmado pelo Instituto, em nota pública divulgada nos meios oficiais da instituição de ensino. Para minimizar os efeitos da denúncia, que podem colocar em xeque a gestão de Rosana e ainda o processo de eleição ocorrido em setembro de 2019, a nota diz que o processo eletivo foi “participativo e realizado de forma transparente”.
“No entanto, no dia 08 de abril de 2020, ocorreu o protocolo de uma denúncia que está sendo devidamente apurada e sobre a qual o Ifac já apresentou todas as informações necessárias, obedecendo os fluxos exigidos na Administração Pública”, diz a nota ao justificar que Rosana foi designada apenas como reitora provisória, ou seja, não se sabe se ela permanecerá em definitivo à frente do Ifac.
“A nomeação como pro tempore ocorre devido ao encerramento, nesta terça-feira (14.04), de seu mandato como reitora eleita do Ifac, referente ao quadriênio 2016-2020. Após análise do processo pela Setec a professora Rosana Cavalcante dos Santos terá sua nomeação definitiva como reitora eleita”, justifica a nota que, curiosamente, é assinada apenas com o nome do Ifac.
Rosana Cavalcante comanda o Ifac desde 2016. Ela foi reeleita em 2019 com 59,7% dos votos válidos. Em nota, o Ifac garante que “o processo de nomeação da professora Rosana Cavalcante dos Santos, como reitora reeleita para o exercício 2020-2024, foi analisado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), com parecer favorável da Consultoria Jurídica do MEC”, pontua.