A denúncia do deputado estadual Neném Almeida, feita nesta terça-feira, dia 16, revelando uma suposta “máfia das cirurgias” no sistema público de saúde do Acre, foram rebatidas pela dentro da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre). A informação foi dada durante a sessão da Assembleia Legislativa.
Na denúncia, Almeida categorizou os crimes e sugeriu o não conhecimento do governador Gladson Cameli sobre os fatos. Recebi várias denúncias, denúncias que eu vou apurar. Eu não vou até o osso, vou até o tutano. São denúncias que estão sendo feitas cirurgias por acordo político, consulta, por apoios políticos nesta eleição. Isso é muito grave”, alegou o parlamentar.
Em nota pública, a Sesacre desmentiu o deputado estadual, e informou que as cirurgias eletivas estão suspensas por recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Lembrou ainda que apenas os procedimentos de urgência estão sendo realizados, e isso apenas em hospitais de urgência.
“A Sesacre ressalta também que as cirurgias de urgência nunca deixaram de ser realizadas. Elas dizem respeito a pacientes em fase aguda que dão entrada nas unidades de urgência do estado. Outras cirurgias que também não foram interrompidas são aquelas relativas a traumas e a pacientes oncológicos, que requerem cuidados emergenciais”, esclarece.
Ao fazer a denúncia, Neném ameaçou coletar os nomes dos servidores que estariam envolvidos no suposto esquema irregular. Vou pegar nomes de cada funcionário. Esse é o meu trabalho e eu vou fazer com excelência. A Saúde não pode ser para beneficiar A ou B. Vou a fundo. Doa a quem doer”, disse.
A Sesacre alerta que pode “disponibilizar, tanto para o deputado Nenem Almeida, quanto para a sociedade em geral, o mapa cirúrgico que é produzido com base na fila de pacientes originários da Central de Cirurgias, se assim requisitarem”, e deixa claro que os critério para as cirurgias são únicos e dependem de classificação médica para ocorrerem.