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POLÍTICA

Depois de ajudar a enterrar a CPI da Lava Toga, Márcio Bittar agora "repudia" decisão de ministro do STF que censura imprensa

Depois de ajudar a enterrar a CPI da Lava Toga, Márcio Bittar agora "repudia" decisão de ministro do STF que censura imprensa

Uma semana após ajudar a enterrar a CPI da Lava Toga, que teria como objetivo investigar a conduta de membros de tribunais superiores, o senador Márcio Bittar (MDB) agora lamenta a decisão do ministro Alexandre de Morais, do STF, que mandou retirar imediatamente do ar uma reportagem do site O Antagonista e da revista Crusoé que afirma que seu colega de Corte, o  ministro Dias Toffoli foi citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht em depoimento à Polícia Federal.

A CPI que Márcio e outros 18 senadores lançaram sob sete palmos de terra ainda no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça, a CCJ do Senado, tinha por objetivo exatamente apurar comportamentos como o do ministro que censurou a imprensa em uma clara demonstração de corporativismo de intocáveis.

Agora, com pose de democrata, o emedebista diz que lamenta e repudia. O Antagonista publicou a seguinte fala entre aspas do emedebista:

“Repudio e lamento profundamente a censura imposta à revista Crusoé e ao site O Antagonista. Considero abjeta a atitude de cercear a livre expressão de um veículo de comunicação. A Constituição protege a liberdade de expressão e o exercício do jornalismo, e assim deve ser. O Supremo Tribunal Federal é o guardião da Carta Magna e não pode se arrogar ao direito de feri-la para defender um dos seus ministros. O momento político é de gravidade máxima e as instituições não podem ser irresponsáveis com o País promovendo anomias. A revista publicou reportagem baseada em documentos e fatos. O que se viu foi ato arbitrário de um poder máximo querendo calar a imprensa livre”.