O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) não deixou barato as declarações dos deputados Laerte Gomes, do PSD de Rondônia, e Wescley Tomaz, do PSC do Pará, que proferiram ataques a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, durante a 3° Reunião Ampliada do Colegiado de Deputadas e Deputados do Parlamento Amazônico, realizado no Acre na última semana.
Em discurso nesta terça-feira (6), Edvaldo Magalhães repudiou as falas de ódio dos dois parlamentares. Para ele, ambos não respeitaram a etiqueta e o bom costume herdado pelos acreanos dos nordestinos e caboclos amazônicos, de tratar bem o visitante, mas também de ser respeitoso com o anfitrião, ou seja, o dono da casa.
“Quando recebemos alguém na nossa casa, temos a obrigação de receber bem. Foi assim que a cultura nordestina e cabocla nos ensinou. Quem vem visitar tem a obrigação de respeitar. Teve dois trogloditas que utilizaram dessa tribuna e fizeram um tratamento indevido a nossa Marina Silva, que dá nome a este Salão do Povo e não foi homenageada por uma questão qualquer, mas sim pela sua história e trajetória. Ninguém precisa ter concordância com suas bandeiras, mas duvido que tem algum acreano que não tenha orgulho do seu papel. Porque são poucos que tem essa trajetória. Aí vem um troglodita aqui dizer que só em ver a fotografia deu vontade de ir embora. Se eu estivesse aqui, eu teria feito uma questão de ordem e dizer: ‘já vai tarde’. A gente se dar o direito de reclamar dos nossos. Ninguém pode aceitar que um boca suja venha falar mal das personalidades do nosso Estado”, frisou.
Entenda o caso
Em visita ao Acre, ao discursar na Aleac, Laerte Gomes ironizou a decisão da Assembleia Legislativa do Acre de manter o nome de Marina Silva, que já foi deputada estadual, na Galeria principal da casa.
“Infelizmente, eu até vi uma foto que me fez mal, que está ali. Senhor presidente, quando vi quase que eu voltei pra trás. Eu falei: ‘eu não vou entra aqui’. É impossível que uma foto daquela está ali”, disse ao fazer gestos em direção à Galeria Marina Silva.
Já o deputado paraense, Wescley Tomaz, disse que Jorge Viana e Marina Silva não representam a Amazônia “e muito menos o Acre”.
“São duas pessoas que tem o desfavor de levar a imagem do Acre. Marina tem sido um atraso para a Amazônia e quando ela fala para o Brasil da Amazônia, ela fala como se tivesse legitimidade. Eu, do Pará, digo, ambos não representam a Amazônia. Jorge Viana fez o favor de falar do agronegócio na China e a Marina Silva fala da Amazônia como se ela defendesse os interesses da Amazônia. E para mim, ela não representa os povos da Amazônia”, atacou o deputado paraense, sob o silêncio dos parlamentares acreanos.