Durante audiência pública com o setor madeireiro realizada pela Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (10), o deputado federal Eduardo Velloso revelou que também sofreu a ação do Ibama. O parlamentar teve áreas de terras embargadas.
“A dor que vocês estão sofrendo, eu também estou. Tenho terras embargadas. Minha mãe nasceu na fazenda em Minas Gerais, eu já sou acreano e sei o quanto que é duro, sofrido. Todo mundo acha que fazendeiro é rico, que colono é rico, mas não sabe o tanto que é difícil sobreviver da pecuária e da agricultura, sobretudo na Amazônia”, disse o parlamentar.
Eduardo Velloso contou que se reuniu mais cedo com a superintendente do Ibama no Acre, Melissa Machado. Ela disse ao deputado que as ações dos órgãos contra madeireiros e proprietários rurais tratam-se de operações distintas e foram deliberadas a partir de Brasília.
“Aqui do Acre, das 30 madeireiras que estão registradas lá, 16 estão embargadas. E eu perguntei a ela se existia alguma denúncia que as embargassem, ela disse que não. Foi uma ordem, veio federal, isso para todo o Brasil. Eu falei pra ela que nós não concordamos com esse modus operandi, porque ninguém pode parar nada, quer que seja um restaurante, um comércio, parar para um órgão ir lá investigar. Ela disse que já tomou de punho dela e teve uma reunião com as madeireiras e que fez uma carta solicitando de que ela daria conta de fazer as vistorias”, disse Velloso.
Ele também relatou trechos da conversa com relação aos produtores rurais. “Em relação aos produtores rurais, ela disse que trata-se da Operação Retomada. São embargos que iniciaram em 2008. Ela garantiu que não tem nenhum embargo recente. Ela disse que isso era público, que tinha no site, mas a forma como é feita assusta nós mesmo porque você descobre do dia para noite que às vezes você não pode vender aquele gado que você tem”, destaca.