Em pronunciamento na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 30, o deputado federal Leo de Brito (PT-AC) destacou o desprezo com o que o Acre vem sendo tratado pelo governo federal.
O parlamentar lembrou que Bolsonaro teve mais de 80% de votos no estado, e tem como aliados o governador, nove parlamentares entre senadores e deputados federais, além do prefeito da capital.
“Bolsonaro está de costas para o Acre, estamos vivendo o pior momento da pandemia, a saúde pública em colapso, filas de espera para UTIs, pacientes sendo transferidos para outros estados, já falta oxigênio em alguns lugares, e a vacinação acontecendo de forma muito lenta, inclusive estamos abaixo da média nacional e o presidente nada faz para ajudar nosso estado”, lamentou.
O deputado enfatizou que pediu oficialmente no mês de janeiro para que o Acre fosse priorizado na vacinação, assim como foi feito com Manaus e Rondônia. “Infelizmente não fui atendido, Bolsonaro veio ao Acre apenas espalhar o vírus e promover aglomerações, cometeu crime contra a saúde pública, como denunciei na Procuradoria Geral da República”, afirmou.
Mais Médicos – Acre pediu 184, Bolsonaro mandou três profissionais
Leo de Brito destacou que o Acre pleiteou o preenchimento de 184 vagas no Programa Mais Médicos e o governo federal liberou a contratação de apenas três profissionais. “Os profissionais de saúde estão exaustos, essa era uma forma de ajudar nesse momento tão difícil, faltou sensibilidade e boa vontade”, disse.
O parlamentar acreano alertou para o aumento do número de pessoas passando necessidades e em situação de vulnerabilidade nas ruas.
“Nossa população está sofrendo muito com a carestia e o desemprego, e há quatro meses não recebem o auxílio emergencial, agora o governo propõe um novo auxílio, sem data certa pra começar a pagar e com um valor tão baixo que dá mal para comprar uma botija de gás”, pontuou.
Cortes no orçamento vão inviabilizar universidades
Leo de Brito chamou a atenção para os prejuízos causados pelos cortes no Orçamento Geral da União para 2021, relatado pelo senador acreano Márcio Bittar (MDB).
“São cortes significativos em áreas importantes como a saúde, educação, ciência e tecnologia, além dos 26 bilhões da previdência e seguro-desemprego. A ausência desses recursos vai inviabilizar as universidades e os institutos federais, e acentuar a precarização de serviços, como já está acontecendo com o fechamento de agências do Banco do Brasil e do INSS nos municípios”, disse.
Ao final, o parlamentar lamentou que em mais de dois anos de mandato de Bolsonaro não se tenha uma única obra do governo federal em andamento no Acre.
Deputado Leo de Brito afirma que Bolsonaro trata o Acre com desprezo quando o assunto é a pandemia
Assessoria