Durante a 3° Reunião Ampliada do Colegiado de Deputadas e Deputados do Parlamento Amazônico, um fato não passou despercebido. Os deputados Laerte Gomes, do PSD de Rondônia, e Wescley Tomaz, do PSC do Pará, proferiram ataques aos acreanos Jorge Viana, presidente da Apex-Brasil, e Marina Silva, ministra do Meio Ambiente.
Laerte Gomes ironizou a decisão da Assembleia Legislativa do Acre de manter o nome de Marina Silva, que já foi deputada estadual, na Galeria principal da casa.
“Infelizmente, eu até vi uma foto que me fez mal, que está ali. Senhor presidente, quando vi quase que eu voltei pra trás. Eu falei: ‘eu não vou entra aqui’. É impossível que uma foto daquela está ali”, disse ao fazer gestos em direção à Galeria Marina Silva.
Já o deputado paraense, Wescley Tomaz, disse que Jorge Viana e Marina Silva não representam a Amazônia “e muito menos o Acre”.
“São duas pessoas que tem o desfavor de levar a imagem do Acre. Marina tem sido um atraso para a Amazônia e quando ela fala para o Brasil da Amazônia, ela fala como se tivesse legitimidade. Eu, do Pará, digo, ambos não representam a Amazônia. Jorge Viana fez o favor de falar do agronegócio na China e a Marina Silva fala da Amazônia como se ela defendesse os interesses da Amazônia. E para mim, ela não representa os povos da Amazônia”, atacou o deputado paraense, sob o silêncio dos parlamentares acreanos.
Os dois parlamentares de fora do Acre não levaram em consideração a trajetória política e de vida de Marina Silva e Jorge Viana. Filha de seringueiros, Marina foi líder sindical, vereadora de Rio Branco, deputada estadual, senadora por dois mandatos, ministra do Meio Ambiente por duas vezes e deputada federal por São Paulo. Considerada uma das 50 personalidades capazes de salvar o planeta dos efeitos climáticos. Jorge Viana foi prefeito, governador por dois mandatos e senador da República, além de ser filho de família tradicional do Acre.