Após o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag) Ricardo Brandão confessar que o governo do Estado tem R$ 25 milhões para a ponte da Sibéria, fruto de emendas do senador Marcio Bittar (Sem Partido) e dispor de recursos próprios para construir a obra, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) sugeriu que parte dos U$ 41 milhões contraídos junto ao Fonplata sejam destinados à produção rural, sobretudo ao financiamento de culturas perenes.
“Não podemos autorizar esse empréstimo, sem carimbar aqui um dinheiro direto para a produção. Primeiro porque tem margem. O governo está colocando a ponte da Sibéria, mas já temos dinheiro. Os secretários já disseram aqui: ‘Se não aparecer o empréstimo, nós temos dinheiro em caixa’. Não vamos ficar ocupando espaços de operação. Estamos falando aqui de investimento direto”, pontua o líder da oposição.
O deputado Pedro Longo (PV) questionou o secretário Ricardo Brandão se a ponte da Sibéria, que já tem recursos oriundos de emendas do senador Marcio Bittar e recursos próprios, pode ser retirada do rol de obras a serem financiadas pelo Fonplata e carimbar para a produção rural.
Em resposta, Brandão assegurou que o eixo do empréstimo a ser contraído é infraestrutura e saneamento. “Podemos até alterar o objeto dentro desse eixo”.
Edvaldo Magalhães deixou assegurado que vai apresentar uma emenda para garantir que parte do empréstimo financie a produção rural.
Os deputados Roberto Duarte (MDB) e Jenilson Leite (PSB) manifestaram votos favoráveis à emenda de Edvaldo.
O líder do governo, deputado Pedro Longo, disse que a discussão da produção rural será feita no Orçamento para 2022. Mas destacou que vai esperar a emenda do deputado Edvaldo Magalhães "para ver a redação dela" e manifestar-se contra ou a favor. "Acho que vamos construir uma redação que vai contemplar a todos".
