Os 11 congressistas representantes do Acre em Brasília (DF) estão fora da lista dos 100 mais influentes do Congresso Nacional, mostra um levantamento divulgado nesta sexta-feira, dia 29, pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A pesquisa é realizada todos os anos, desde 1994, e avalia o desempenho de 513 deputados federais e 81 senadores.
Segundo o Jornal O Globo, um dos mais lidos do país, entre os cem nomes elencados pelo Diap, aparecem nomes de peso à direita e à esquerda, como os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — a relação completa está ao fim da matéria.
O Diap considera que os congressistas que compõem as listas são os "cabeças" do Congresso Nacional, e que estes reúnem qualidades como "capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações", seja "pelo saber" ou pelo "senso de oportunidade". O órgão considera, portanto, que nenhum dos acreanos tem essa capacidade.
Ainda de acordo com o Diap, a lista atual foi influenciada por fatores como alternância do poder na Presidência da República, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); a reeleição dos presidentes das duas Casas Legislativas, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e a formação de novas federações partidárias.
Entre os cem congressistas mais influentes, há 71 deputados federais e 29 senadores — proporcionalmente, portanto, o Senado leva vantagem. Com o PT à frente, com 22 nomes, a base governista tem o apoio de 69 "cabeças", contra 31 vinculados à oposição. Segundo partido com mais representantes na lista (11), o PL puxa o time dos adversários do Planalto no Congresso.
O Nordeste é a região com mais parlamentares na relação elaborada pelo Diap, com 42 nomes. Já o Norte é a penúltima região em números. A divisão ficou assim: Sudeste (36), Sul (11), Norte (7) e Centro-Oeste (5). Já no ranking por estados quem lidera é São Paulo, com 17 congressistas — todos deputados —, seguido por Rio de Janeiro (11) e Bahia (9).
O Diap elabora ainda uma outra lista, com o que chama de "parlamentares em ascensão". O órgão explica que estão neste segundo bloco tanto quem "tem buscado abrir canais de interlocução, criando os próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais", quanto aqueles que "já fizeram parte dos 'cabeças', mas, por razões circunstanciais, perderam interlocução". Mais uma vez, o PT surge na dianteira deste grupo, com oito nomes, tendo PL (6), PSD e PSOL (5 cada) na perseguição.
Nesta lista, especificamente, aparecem dois senadores do Acre: Sérgio Petecão (PSD) e Alan Rick (UB). O primeiro está na metade do segundo mandato, sendo senador desde 2011. Já o segundo, está no primeiro ano de trabalho no Senado Federal. Antes era deputado federal, com dois mandatos.