O episódio envolvendo o secretário-adjunto de Governo, Luiz Calixto, e os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Michelle Melo (PDT) repercutiu imediatamente nesta terça-feira (11) durante a continuidade da sessão. O primeiro a falar, após a fala de Pedro Longo (PDT), que presidia os trabalhos, foi a líder do governo, Michelle Melo.
“Todos os 24 deputados merecem respeito. A base do governador Gladson deve ser respeitada por cada um que está na gestão e na estrutura do governo. Chega de secretários não atenderem deputados, chega de secretários acharem que mandam mais que deputados”, disse Michelle.
Edvaldo Magalhães também usou a tribuna. Disse que é respeitado pelos parlamentares pela postura de sempre manter a palavra. “Eu sou respeitado pela base do governo porque eu honro a palavra. Não vou admitir nenhuma vez que adentrem nos corredores desta Casa assessores do governo para dar ordens no parlamento. Vai ter cara. Acho que a maior vítima desse processo é a líder do governo. Tragaram contra a senhora dentro da Casa Civil do governador”.
Eduardo Ribeiro frisou que “o princípio da democracia é absoluto. Outro princípio é o respeito a este Poder. Respeito ao Poder Legislativo acreano. Podemos divergir aqui, mas não podemos desrespeito dentro da nossa Casa. Fica aqui a minha solidariedade à deputada Michelle Melo, ao deputado Edvaldo Magalhães. Nós estamos representando toda a sociedade acreana. Quando se fere um parlamentar, não está se maltratando a pessoa do parlamentar, está se maltratando a vontade popular, a democracia”.
Afonso Fernandes (PL) disse que “é inadmissível os momentos que temos passado nesta Casa, sofrendo este tipo de situação”. Ele lembrou que o Parlamento deve ser respeitado.
Já o deputado Fagner Calegário (Podemos) acrescentou que “em nenhum momento esse parlamento pode ser desacatado”.
A emedebista Antonia Sales (MDB) frisou que a “maior falta desse secretário foi desrespeitar uma líder do governo”.