Um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta uma significativa redução de 71% no desmatamento na Reserva Extrativista Chico Mendes, localizada no interior do Acre, entre 2022 e 2023.
A área desmatada na reserva diminuiu de 84 km² para 24 km² no período analisado, conforme dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
A reserva, historicamente ameaçada pelo desmatamento na Amazônia, liderou as melhorias, destacando-se como um exemplo positivo de conservação.
Outras áreas protegidas, como a Floresta Estadual Rio Gregório e a Reserva Extrativista do Alto Juruá, também apresentaram reduções de 25% e 17%, respectivamente.
O Imazon revela que o desmatamento nas unidades de conservação da Amazônia teve uma queda expressiva de 77%, passando de 1.214 km² em 2022 para 282 km² em 2023. Esse índice representa a menor área de floresta destruída em nove anos, desde 2014, conforme destaca o estudo.
Em relação ao Acre, a redução global do desmatamento foi de mais de 62%, indo de 880 km² em 2022 para 333 km² em 2023.
Entre os Estados da Amazônia Legal, apenas Roraima, Tocantins e Amapá registraram aumento no desmatamento.
O Imazon ressalta também que, em 2023, as áreas protegidas na Amazônia atingiram o menor índice de desmatamento desde 2014, evidenciando uma redução de 73% nas terras indígenas e unidades de conservação.