O ex-vereador de Rio Branco e filho do ex-governador Edmundo Pinto, Rodrigo Pinto, comentou o carão dado pelo governador Gladson Cameli (PP) no diretor da Casa Civil, Paulo Justino, o Paulinho, ex-secretário adjunto de Saúde do Estado. Pinto classificou o ato como “desnecessário” e afirma que diretor foi submetido à constrangimento.
“Constranger um subordinado publicamente é politicamente correto? Desnecessário governador. É uma pena que seus assessores não lhe dizem verdades mesmo que lhe incomode, para o bem da sua gestão”, disse o ex-parlamentar.
Entenda
O fato aconteceu ontem, 26, em Cruzeiro do Sul, quando demonstrando chateação após as várias cobranças recebidas pelo não pagamento da empresa Maia e Pimentel a seus funcionários, Gladson ligou para Paulo Justino e cobrou uma solução. Com o celular no viva-voz, o governador ordenou ao subordinado que resolva a situação. Revelou que até o procurador-geral João Paulo Setti não escapou do carão.
"Estou com minha bunda sentada aqui no viva-voz com a bunda sentada no meio de um Sol quente com os funcionários da Maia e Pimentel que trabalham na maternidade que não estavam recebendo. Por que que não estavam pagando esse pessoal das terceirizadas, Paulinho?
Por que vocês não cancelaram esses contratos e chamaram outras? Vocês já esqueceram que isso está sobrando só pro meu rabo? O que está acontecendo aqui é todo dia um problema com essa daí. E eu quero saber por que isso está acontecendo, está continuando. Quantas vezes eu chamei você e o Alysson para que isso não acontecesse, que eu não ia aceitar esse tipo de coisa. Eu chego aqui em Cruzeiro do Sul com minha cabeça a mil por hora, e os coitados aqui que recebem um salário mínimo, sem receber... Isso fica muito bonito pra minha cara um negócio desse, rapaz. Eu só queria saber quem é o responsável por isso. O seu João Paulo (procurador) acabou de pegar uma, porque eu estou há dois anos falando sobre essas terceirizadas. E aí, Paulinho, não adianta jogar culpa pra A pra B pra C, porque cada um tem que ter consciência e assumir suas responsabilidades, porque só está sobrando pro meu. Eu acho engraçado que é bloqueio judicial, mas em cinco minutos desbloquearam. Eu não entendo essas coisas que a lei só serve para uma coisa e pra outras não servem."