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POLÍTICA

“É um conjunto muito robusto de provas para que a gente considere que foi injusto”, diz Socorro Neri sobre condenação de Bolsonaro

“É um conjunto muito robusto de provas para que a gente considere que foi injusto”, diz Socorro Neri sobre condenação de Bolsonaro

A deputada federal Socorro Neri (UB/PP) foi a convidada do jornalista Luciano Tavares, no Papo Informal desta quinta-feira (11/9). Ela falou a respeito do julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus na trama golpista contra a República.

“Tem um valor que sobre o qual a gente não pode nunca divergir. Penso que deveria ser consenso, que é esse valor da democracia. Nós precisamos, de fato, valorizar a democracia, respeitar a nossa Constituição. Esse grande pacto nacional para a convivência na sociedade que se quer democrática”, disse Socorro Neri.

Para ela, os ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF) agiram de forma isenta e fizeram um julgamento justo, dentro daquilo que defende a Constituição Federal, com base em “provas robustas”.

“O papel do Judiciário é exatamente esse papel que está sendo cumprido agora, o papel de fazer toda a apuração, fazer toda a responsabilização e, em nome da sociedade, da Constituição, estabelecer a responsabilização devida. De modo que, se não me cabe, por não ver nenhum elemento para isso, considerar que há um exagero nesse julgamento agora, em razão ao que esses ministros consideram e devem fazer olhando para a Constituição, se não estariam prevaricando, devem fazer olhando para a Constituição, não me cabe julgamento a respeito dessa decisão deles. Penso que é preciso, claro, olhar sempre, com muito cuidado, para as provas que foram apresentadas, para as circunstâncias que foram apresentadas. Para esse conjunto de fato de provas que durante os votos de cada ministro, foram sendo apresentadas. Acho que é um conjunto muito robusto de provas para que a gente considere que foi injusto no geral”, ponderou.

Ela concluiu dizendo que a sua defesa “sempre será a defesa da democracia” e que “eventuais exageros que possam ter sido cometidos, eu penso que é possível que a gente pudesse ter discutido antes, inclusive, a possibilidade de uma dosimetria, de olhar para as pessoas que participaram dessa tentativa, o papel que cada um desempenhou nessa tentativa e buscar fazer uma dosimetria da pena, quer dizer, estabelecer penas diferenciadas conforme o nível de participação nessa tentativa que o STF afirma que aconteceu no nosso país”, pontuou.