O vereador Eber Machado (MDB) usou a tribuna da Câmara de Rio Branco, na sessão desta terça-feira, 25, para fazer duras críticas a seu colega de parlamento Felipe Tchê (PP). A discussão gira em torno da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta por Machado para investigar a compra de mosquitos geneticamente modificados pela Prefeitura da Capital em 2024.
O emedebista, que conta com cinco assinaturas de apoio para a criação da CPI, denunciou que Tchê teria tentado pressionar outros parlamentares a retirarem seus nomes do requerimento. Machado não poupou palavras ao se manifestar sobre a postura do colega.
"Quero deixar aqui o meu repúdio ao vereador Felipe Tchê, que me assustou com sua atitude. Não sei se foi por estar ladeado por secretários da prefeitura, querendo mostrar trabalho para eles, mas ele disse que eu deveria retirar minha assinatura da CPI. Eu posso dizer que Vossa Excelência não assinou a CPI, que votou contra a vinda do doutor Nogueira (ex-secretário de Saúde) para esta Casa. Mas uma coisa eu quero deixar claro: Vossa Excelência não manda no seu voto!", declarou Eber.
Felipe não se manifestou diretamente na tribuna, mas rebateu as críticas nos corredores da Câmara. O vereador do PP classificou o discurso de Eber Machado como uma "reação emocional" e esclareceu que sua posição em relação à CPI foi puramente jurídica. "Minha explicação sobre a CPI foi puramente jurídica, dentro da cordialidade. Ele levou para o lado pessoal e me ofendeu na tribuna", afirmou Tchê. E completou: "Quem acompanha minha atuação sabe que ela é reta e baseada no que acredito. O Eber tem dificuldade em aceitar divergências, ele se sente o dono da verdade, mas não é."