Dezenas de comunistas se reuniram neste sábado, 09, em um hotel na avenida Ceará em Rio Branco durante uma conferência para tratar sobre a fusão entre o PCdoB e o PPL e na oportunidade reafirmaram a linha de atuação oposicionista ao governo de Jair Bolsonaro e à gestão de Gladson Cameli no Acre.
O presidente do diretório estadual do PCdoB, vereador Eduardo Farias, disse que após 70 dias de gestão o governo de Gladson "parece que ainda não começou". O comunista afirmou, porém, que torce pelo sucesso do governo progressista.
"Aqui no Acre estamos muito preocupados com o início do governo Gladson, que parece que é um governo que ainda não começou. Um governo que tem muita dificuldade de se mostrar e de saber sua linha de atuação e isso nos preocupa muito. Um governo pusilânime, um governo de vai e vem. E nós estamos também na oposição ao governo Gladson, mas dando também aquele voto de confiança e desejando sinceramente que ele acerte para o bem do povo acreano."
Eduardo Farias também lamentou o "desastre" do governo de Jair Bolsonaro, que mantém um "comportamento intolerante" e de redução dos direitos dos trabalhadores.
"Bolsonaro está brincando de ser presidente da República. Um presidente com um comportamento de intolerância e que está proporcionando um desmonte do Estado brasileiro vendendo estatais, o petróleo brasileiro, acabando com o Ministério de Trabalho, dificultando a vida do trabalhador, do aposentado, colocando nas costas do trabalhador todo peso da reforma da previdência. Então é um presidente que está fazendo um desmonte de todo aquele colchão social construído durante décadas."
Fusão com o PPL
A fusão entre o Partido Pátria Livre e o PCdoB foi aprovada em dezembro de 2018. O objetivo é superar a cláusula de barreira.
No Acre, a incorporação do PPL ao Partido Comunista do Brasil foi tratada em conferências municipais e agora na Conferência Extraordinária das duas agremiações. Antes da oficialização no TSE integrantes dos partidos se reúnem em encontro nacional em São Paulo.
O presidente do PPL local, Felismar Mesquita, reforçou que o partido tem conteúdo programático semelhante ao PCdoB e que seus líderes vão continuar na "defesa do patrimônio e da soberania nacional e contra a politica do governo de Jair Bolsonaro".