O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) defendeu a imediata exoneração dos investigados na Operação Ptolomeu, nomeados na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Em discurso nesta terça-feira (28), o parlamentar disse que a manutenção dos citados, que estão sob medida cautelar para não assumir função pública, coloca a Assembleia no olho do furacão, sob pena de sofrer prejuízos políticos e decisões judiciais.
“Essa aqui é a Casa da política e se tem uma coisa que não se pode desprezar é o tempo da política. Ele não se mede pelas regrinhas da advocacia. A média da política é um consenso de saberes: aquilo que pode ajudar e o que pode destruir um capital político. Quando houve, lá atrás uma medida judicial que afastou o presidente da Aleac, deputado Nicolau, eu fui o primeiro a dizer: ‘não vamos permitir, é injusta essa medida’. Quando se trata dessas pessoas cuja a decisão da justiça impôs medidas cautelares, eu estou pedindo apenas à Mesa Diretora que toma uma atitude imediata para que não seja tarde e nem tardia a medida que terá que tomar, porque terá que tomar, talvez, mais adiante o cumprimento de uma medida dura do STJ, mandando afastar os nomeados e quiçá outras medidas, que espero que não aconteça”, reforçou.
E acrescentou: “esta Casa está exposta. Está sendo acusada de proteger o reagrupamento de uma organização. Essa Casa atendeu a pedidos e precisa agora dizer que não deveria ter atendido. Que o problema que veio para cá precisa ser devolvido para evitar que um capital político seja destruído por uma medida impensada e temerária, com consequências políticas e jurídicas. Esse é o apelo que faço de forma pública e eu fiz e no particular, na presença do procurador Marcos Motta e de um assessor da Casa. A minha preocupação é com essa instituição. Ninguém vai dizer que focinho de porco não é tomada. Se isso não for burlar medidas judiciais, é que é? Quem defende esperar, defende que essa casa pegue fogo”, avisou.