“O governador Gladson Cameli virou uma espécie de errante partidário da política acreana”. A frase categórica é do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) durante a sessão online desta terça-feira (4) na Aleac. Segundo ele, o anúncio de Cameli para se filiar ao PSDB jogou um balde de água fria em muitas candidaturas e deixou os partidos com uma certa letargia política.
Ao fazer um breve histórico até chegar no que ele chamou de ‘operação bandeirantes’, Edvaldo mencionou que Gladson foi “desautorizado” e “achincalhado” no Progressistas, com o áudio gravado em que o presidente municipal do Partido aparece chamando Cameli de “menino em corpo de homem”. Ele pontuou que este fato abriu uma crise política-partidária sem precedentes.
“Quando as coisas pareciam se reencontram, nós tivemos uma famosa operação bandeirantes, essa operação em São Paulo caiu como uma bomba nas diversas agremiações que atuam na política acreana: o anúncio do governador para um novo ninho, a ida do governador para o PSDB. Mexeu e movimentou todos os rumores. O amor tucano declarado publicamente foi alinhavado, devidamente bordado, com a carta da presidente licenciada do PSDB, com seus votos de “seja bem-vindo, governador. Aqui tem vaga para balançador de bandeira”. Foi o que eu entendi da nota. Posso ter me equivocado na leitura apurada que fiz”, diz o parlamentar.
E acrescentou: “digo isso, porque um recesso de duas semanas, num intervalo de quatro sessões, a política acreana ferveu e ferveu feito leite que a dona da casa esquece. Em qualquer município que se esteja, tá todo mundo jogando parado. Está todo mundo naquele estado de observação, para saber o desfecho partidário do governador errante, num zigue-zague partidário”.