O líder do PCdoB na Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães, usou a sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher, para lembrar o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, que nesta quinta-feira, 14, completa um ano.
“A gente não pode, numa solenidade como essa, deixar de refletir sobre isso. Uma mulher negra que protagonizou na história das lutas sociais de nosso país, e que por conta de seu protagonismo, e por ser mulher, foi abatida”, disse Magalhães.
O parlamentar criticou a morosidade da polícia carioca para identificar os suspeitos de executarem Marielle e o motorista Anderson Gomes. Para ele, mais alguns anos podem ser necessários para identificar os mandantes do assassinato.
Na avaliação do deputado, a execução da vereadora é a demonstração de que o país está longe de ter um ambiente de respeito e de tolerância. “E mais, de apoiamento ao protagonismo feminino.”
Outro ponto criticado por Edvaldo Magalhães é a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, sobretudo no tocante â aposentadoria da trabalhadora rural.
Para ele, é perversa a proposta de ampliar tanto a idade quanto o tempo de contribuição para as mulheres do campo que desejam se aposentar. “Ao invés de 55, 60 anos de idade. Ao invés de uma contribuição comprovada de 15 anos, tem que recolher por 20 anos”, afirmou.
Na opinião do parlamentar, tal proposta é penosa para as trabalhadoras do Acre que já levam uma vida repleta de dificuldades nas colônias, seringais e nas margens dos rios.