O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a falar a respeito da recuperação da pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul. Em pronunciamento nesta quarta-feira (7), o parlamentar apresentou alternativas de horários de aberturas e fechamentos do aeroporto de modo que não prejudique e inviabilize a aviação regional.
Edvaldo Magalhães mencionou que o documento tem a assinatura dos 24 deputados estaduais e que deverá ser protocolado junto à Vinci Airoports, que gerencia os aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
“Eu retorno com o tema do aeroporto de Cruzeiro do Sul. Na semana passada abordei essa discussão. A empresa Vinci, responsável pela operação dos aeroportos de Cruzeiro e de Rio Branco, na sua nota, ela apenas afirmou o que estamos questionando. Lá pelas tantas da nota deixou uma possibilidade: ‘estamos abertos ao diálogo’. Nesse sentido vamos fazer o teste do diálogo. Estamos apresentando um documento que não é mais de minha autoria, mas da Assembleia Legislativa”, pontuou.
O parlamentar afirmou que o fechamento do aeroporto durante o dia vai gerar transtornos não só à aviação regional, mas para a economia de municípios do Acre e do Amazonas. “Se ele não estiver operando durante o dia vai se instalar um caos, principalmente no verão porque os rios ficam secos”.
Na proposta apresentada, a sugestão é a seguinte: abertura às 11 da manhã e fechamento às 18 horas. A segunda proposta é: abertura às 6 da manhã, com fechamento às 9 horas. Abertura às 12 horas com fechamento às 13h30 e abertura às 16h30 com fechamento às 18 horas.
A terceira opção é liberar a operação diurna em mil metros de pista. A pista de Cruzeiro do Sul é composta por 2.400 metros. Dessa forma, a Vinci pode trabalhar na recuperação de 1.400 metros sem necessidade de fechamento total do aeroporto. Tal experiência já foi testada em Rio Branco em outros períodos, com êxito na execução das obras.
“A proposta que anima a todos é uma que já foi experimentada. Já foi utilizada no aeroporto de Rio Branco. Eles interditavam metade da pista. Na operação regional ela opera em mil metros. Você fica fazendo um trabalho naquela metade e depois passa para a outra metade da pista. Há várias possibilidades da empresa não inviabilizar inclusive seus principais clientes. O principal cliente não são as grandes companhias. A maior arrecadação é por conta da aviação regional. Para se ter uma ideia, um município como Marechal quando tem menos pouso, são cinco ou seis pousos. Jordao de sete a oito voos. Os negócios dependem disso, a saúde depende disso. Naquela região você não se desloca com rapidez de barco”, completou.
Finalizando, o deputado disse que “quem tem uma agenda de negócios, precisa estar deslocando de forma cotidiana para poder fazer com que aquela economia daquela macrorregião se desenvolva. Eu aposto primeiro na conversa, no bom senso. Não estamos tratando de um assunto que é novo”.