“O primeiro semestre, a Assembleia era o desaguador das manifestações, dos interesses da sociedade, havia uma confiança muito grande de que ao vir aqui seriam acolhidos e algo seria encaminhado, portanto uma referência muito positiva, disse o parlamentar ao lembrar que o segundo semestre foi de “apequenamento”
O líder da oposição, Edvaldo Magalhães (PCdoB), fez uma avaliação do ano legislativo na Assembleia este ano. Para o parlamentar, a Aleac estava em ascensão no primeiro semestre, mas declinou nos seis últimos meses do ano. Ele pontou que o parlamento manchou sua história quando cercou a Assembleia de militares para impedir a entrada dos servidores públicos para acompanhar uma votação de interesse dos próprios servidores.
“Depois da votação da LDO, a Assembleia começou a fazer um caminho inverso. Começou a se distanciar da sociedade. Isso ficou simbolicamente marcado pela negação do próprio poder, quando resolveu engolir o vômito dos episódios dos vetos e da LDO. Rasgou a Constituição para obedecer ordens e ao atingir seu ápice no episódio da reforma da previdência quando cercou de grades e de polícia para impedir a participação popular no acompanhamento votação mais importante. Portanto, o poder se apequenou no segundo semestre. Aquilo que cresceu no primeiro, se diminuiu no segundo semestre”, disse Edvaldo Magalhães.
Ao falar da produção legislativa, o líder da oposição afirmou que “podemos dizer que ela teve intensos debates e boa produção parlamentar. Só que teve um problema grave neste ano legislativo. O primeiro semestre, a Assembleia era o desaguador das manifestações, dos interesses da sociedade, havia uma confiança muito grande de que ao vir aqui seriam acolhidos e algo seria encaminhado, portanto uma referência muito positiva”, salientou.