Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre nesta quinta-feira (4), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) defendeu a recomposição da tabela de referência da Educação, que hoje é de 7%, mas que deveria ser de 10%, se não fosse uma manobra do governo em 2021 para encurta a tabela.
Ele afirmou que a recomposição da tabela para os limites de antes, que beneficia os aposentados, foi uma promessa de campanha do governador Gladson Cameli e da atual deputada federal Socorro Neri, ex-secretária de Educação, responsável pelo encurtamento.
“Disseram que tinham que encurtar a tabela da Educação. Ao invés da puladinha de 10%, cortaram a puladinha. Tem professor que só com esse voto covarde que foi dado perdeu R$ 700 por mês no seu salário”, lembrou Edvaldo Magalhães.
O parlamentar disse que a mudança, praticada em dezembro de 2021 e que permanece até hoje sem alteração, foi uma “profunda injustiça” cometida pelo plenário da Assembleia. “Foi aqui no plenário desta Casa que se cravou um punhal nas costas das professoras e professores aposentados do nosso estado”.
O deputado salientou ainda que o discurso da Secretaria de Estado de Educação era de que “era impossível conceder o reajuste”, embora este não corrigisse nem mesmo o INPC do ano anterior, que era de 10.25%.
Edvaldo mencionou que a equipe de governo mentiu ao dizer que em fevereiro deste ano enviaria um projeto com a reestruturação da tabela. “Acreditaram na promessa. Acreditaram na mentira. Acreditaram na falsidade. Chegou aqui em fevereiro, veio o anúncio do novo piso nacional da Educação, fruto do novo Fundeb. Aí disseram: ‘não, a gente vai mandar o piso e essa questão da progressão a gente conversa depois’. Essa gente passou a vida toda cuidando do filho dos outros, ganhando pouco e são os injustiçados do plano da Educação. Acho que nós temos que corrigir essa injustiça cometida”.