Em pronunciamento nesta quinta-feira (16), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) comentou a respeito da decisão proferida pela ministra Nancy Andrighi, relatora do inquérito que apura denúncias feitas no âmbito da Operação Ptolomeu e tem como alvo o governador Gladson Cameli e a cúpula do governo.
Edvaldo Magalhães disse que o governo de Gladson Cameli (PP) ‘acabou’ e está envolto à ‘corrupção’, com células enraizadas em todas as esferas da administração.
“Ontem eu dormi tarde. Aliás eu cochilei tarde. Eu fui ler os três arquivos que se somam mais de 600 páginas da decisão da ministra Nancy. Eu não gosto do ouvi dizer, eu gosto do observar e ler. Colegas deputados, a gravidade dos fatos eles saltam aos olhos eles pulam daqueles relatórios e eles gritam. Afirmar de que a corrupção se entranhou, de cima abaixo do governo, e se enraizou como um câncer em todas as áreas do governo, que tem como início a pactuação já antes de qualquer licitação dos percentuais da propina que será paga, amplamente comprovada nos diversos relatórios, nas diversas conversas nos levam a uma conclusão triste e sofrida, mas que precisa ser afirmada. O governo do governador Gladson Cameli terminou. Falta a data de encerrar, mas o governo do governador Gladson Cameli terminou”, disse o parlamentar.
Edvaldo disse que caberia uma moção de aplauso à ministra Nancy por não ser uma ‘lavajatista’. Apesar dos pedidos de prisão e afastamentos feitos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), a ministra optou pelo aprofundamento das investigações. “A ministra é uma garantista. Ela não isenta e nem condena por antecipação, mas ela aprofunda a investigação. São graves as afirmações do seu relatório”.
E encerrou: “e olha que não falei das flores, ao dormir mais de 2h30 da manhã, acordei às 5 e recebi no celular a notícia de mais uma operação no Deracre e na Seinfra, envolvendo mais de 80 agentes federais. É triste saber que a equipe de governo Gladson Cameli não está conseguindo dormir. Está sendo acordada constantemente pela Polícia Federal”.