Em discurso na sessão online da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (1º), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que o pedido de investigação feito pelo vice-governador Major Rocha (PSL) quanto à aquisição de cestas básicas pelo governo, traz à tona “a ebulição” que está o clima dentro do Palácio Rio Branco.
“Isso [o pedido de investigação] dá a dimensão do ambiente político hostil que permeia o Palácio Rio Branco. Quando termina uma eleição, ficam muitos corpos estendidos no chão. As mágoas, as feridas abertas, as fraturas expostas e até amputações ocorridas, tudo isso vai compor o ambiente da política nas próximas duas semanas”, lembrou o parlamentar.
Edvaldo Magalhães acrescentou que “o governo do Estado adentra no mês de dezembro numa situação política de intensas conversas e tensões na sua relação com a equipe e com as forças políticas”.
Ainda em sua análise, o parlamentar disse que Gladson Cameli construiu sua base política sob fragilidade constante. “A construção política feita pelo engenheiro Gladson Cameli, que o levou ao Palácio Rio Branco, desmoronou um ano e quatro meses depois, às vésperas das convenções municipais. O cimento que os unificou para a vitória retumbante de 2018 tinha prazo de validade e venceu dois dias após o resultado das eleições. O governo está sendo obrigado a fazer uma nova repactuação política e fazer uma reconstrução administrativa do seu governo para enfrentar a próxima etapa, que é a segunda parte do seu mandato. O tempo da contagem começa a ser regressivo”.