Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (3), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) questionou as autoridades ambientais do Acre a respeito de quais medidas foram adotadas para mitigar os efeitos climáticos extremos. De acordo com ele, as previsões meteorológicas já apontavam para um período de seca extrema.
“Isso estava previsto desde o ano passado. Qual o plano de contingência para prevenir esse desastre que estamos vivendo agora? Quais as medidas tomadas com antecedência? Todo mundo sabe o caminho do fogo no estado do Acre. Todo mundo sabe. Os pontos de calor são públicos. Onde está, todo mundo sabe. Mas, quais foram as medidas para conter isso? Os órgãos públicos têm que suspender o trabalho das pessoas com mais de 60 anos. Isso é medida de saúde pública. Concordo”, disse Edvaldo Magalhães.
Ao falar de outra pauta, desta vez fundiária, o deputado ressaltou os acordos que estão sendo firmados na região do Jurupari. Posseiros que estavam ameaçados de deixar suas localidades, começam a ser reconhecidos por meio de um trabalho desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado, que tem à frente como proponentes da ação os defensores Celso Araújo e Thaís Oliveira, com o acompanhamento do Ministério Público Estadual, e apoio do gabinete de Edvaldo.
“Eu levantei desde o ano passado um debate acerca do tratamento inadequado por parte das grandes empresas e dos grandes latifúndios para expulsar posseiros vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos que residem as margens dos igarapés. Nós conseguimos mobilizar a Defensoria Pública para acompanhar alguns casos bem específicos. Eu trago a boa nova que na região do Jurupari, com a presença da Defensoria, foram fechados os primeiros acordos. São cerca de 40 posseiros. Já estão bem adiantados 35 acordos onde o proprietário reconhece o título definitivo em cartório”.