Em discurso nesta quarta-feira (10), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PcdoB) saiu em defesa dos trabalhadores da Educação, que lotam o hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) neste dia de paralisação. O parlamentar voltou a defendeu a restruturação da tabela do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR), além do reajuste de 3,62% do piso nacional do magistério.
“Nós, aqui somos as maiores e melhores testemunhas do debate que tivemos no final do ano passado sobre o orçamento. Aqui foi rasgado o véu sobre um orçamento subdimensionado. A arrecadação foi muito superior que a estimada pelo governo. Hoje, as condições financeiras estão postas com segurança. “Ah, temos que aguardar o fechamento desse bimestre”, aguardemos. Eu tenho certeza que terá superavit. Mas, não se pode utilizar da tática da enrolação ou da tática da enrolatividade, para tocando com a barriga, aprofundar a discussão de um problema que foi pauta da campanha de reeleição do governador”, disse Edvaldo Magalhães.
O parlamentar disse que já estamos no segundo ano, desde que a tabela da Educação foi desestruturada, caindo de 10% para 6% o interstício para a progressão. A lei foi aprovada em dezembro de 2021. Em 2022, o governador Gladson Cameli prometeu recompor a tabela. “Chegou o outro fevereiro e não estão querendo fazer e isso pode desencadear uma greve, se não for tido sensibilidade e pactuação em função da negativa do governo do estado a essa reivindicação que é central para os trabalhadores da Educação. A reestruturação da tabela está na alma desta categoria e no centro da sobrevivência dos trabalhadores da Educação. Não existe outra forma de fazer um reparo histórico de uma injustiça cometida pelo plenário desta Casa”, afirmou.
Ainda em seu discurso, Edvaldo falou que as escolas integrais estão sem o prato extra. Os estudantes estão sendo liberados por falta da merenda.
“Desde cedo que esta Casa escuta o barulho, o protesto, e mesmo os que não queiram sem sensibilizar estão ouvindo essa voz rouca que vem das escolas. A situação é delicadíssima. A propaganda não bate com o chão da fábrica do ensino. As escolas integrais não existem o prato extra que se propagou. É só procurar. Tem dia que esses alunos da escola do ensino integral estão sendo dispensados antes das 15 horas porque não tem almoço”.