Em pronunciamento na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (15), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) mostrou a situação dos estudantes da Escola de Ensino Médio Maria Corrêa, que fica na zona rural de Jordão. Os alunos precisam fazer o serviço de limpeza e a merenda porque não há profissionais para esse serviço.
Edvaldo Magalhães disse que falta planejamento por parte da Secretaria de Estado de Educação (SEE). Ele pontuou que a Educação do Acre vive um dilema. “A contradição é que hoje estamos vivendo duas crises com relação aos terceirizados. Quando tem servidor, não tem o pagamento e aonde não tem são os alunos que tem se viram para fazer o seu trabalho. Isso é inadmissível porque os recursos do Fundeb são carimbados para pagar os professores e o pessoal de apoio”.
O parlamentar afirmou que a situação vivenciada pela escola de Jordão é extensiva a outros municípios como Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Cruzeiro do Sul.
Ao final, Edvaldo voltou a cobrar o governo do Estado para que envie à Assembleia o projeto de lei que reajusta em 14,95% os salários dos servidores. O reajuste é referente ao piso nacional do magistério.
“Fazer um apelo a deputada Michelle, o governo fechou um acordo com o trabalhadores da Educação, houve um intenso debate com os sindicatos e o governo anunciou que mandaria o projeto no início de março para que fosse tramitado e incluído na folha de março com retroativos a janeiro. Até este momento, a Casa Civil do governo não deu entrada nesta Casa do projeto de reajuste dos trabalhadores da Educação. Os efeitos para a folha de março já não terão, a não ser que se faça uma folha suplementar. Eu acho até um desrespeito com essa Casa. Dê uma ligadinha Casa Civil para o presidente da Comissão de Educação, se comunique com a líder do governo, mande um zap para presidente desta Casa”, aconselhou Edvaldo.