Bolsonarista de carteirinha e propagador do conservadorismo tupiniquim, o deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) quer frear a linguagem neutra nas escolas públicas e privadas do país.
O parlamentar apresentou um projeto de lei que tem por objetivo impedir o uso da linguagem neutra em todos os materiais didáticos das instituições de ensino.
Para ele, a linguagem neutra não promove qualquer inclusão, ao contrário, exclui.
“Linguagem neutra mais exclui do que inclui. Prejudica disléxicos, pessoas surdas, deficientes visuais e a alfabetização de crianças cegas. Vamos lutar contra o ensino desse tipo de dialeto nas escolas brasileiras”, opina.
Duarte não é o primeiro deputado a apresentar projeto sobre o uso da linguagem neutra. Além dele, os deputados Kim Kataguiri (UB-SP) e Marcelo Freitas (UB-MG), especificam, também em propostas protocoladas na Câmara, que o uso e ensino da linguagem neutra seria vedado à “educação básica”, enquanto que Coronel Chrisóstomo (PL-RO), à semelhança de Duarte, quer proibir o vocabulário nas “escolas públicas ou privadas”.
Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) quer obrigar o uso do vocabulário em atos normativos, editais e outros documentos oficiais.