Os dois ex-governadores disseram que, sem estes ingredientes, uma gestão pode fracassar e prejudicar a vida das pessoas
O ex-governador e ex-senador do Acre, Jorge Viana (PT) disse em seu canal no youtube, Siga Jorge, que os pretensos candidatos às prefeituras antes de lançarem seus nomes na disputa, devem passar, primeiro, pela sala de aula e aprender mais sobre gestão pública. Ele frisou que quando um governador ou prefeito erram, toda a sociedade é afetada. Jorge Viana fez a declaração em um bate papo com o ex-governador do Acre, Binho Marques.
“Eu acho que a minha sorte foi não ter ganho a eleição em 90. Eu fui para o segundo turno com o Edmundo, o Edmundo ganhou e depois foi vítima daquela tragédia terrível que abalou a todos, especialmente a família dele, mas quando eu perdi aquela eleição, o ex-presidente Lula falou: “você tem que aprender”. E me botou para fazer uma série de cursos. Fui fazer curso na Venezuela naquela época (...) Eu fui estudar para depois assumir uma Prefeitura. Aí fui visita Curitiba, Porto Alegre, Santos, Capuí. Fui conhecer. Quando chegamos na Prefeitura fizemos o planejamento em três dias, eu coordenando o trabalho já como um professor. Por isso que deu certo”, disse o ex-senador.
Ao contextualizar, antes, sobre o assunto ao qual discorreu com Binho Marques, Jorge Viana disse que, atualmente, os candidatos a cargos majoritários não se preocupam em estudar, conhecer de administração pública.
“Hoje, quem é o prefeito que vai estudar antes de assumir, ou mesmo o governador, por isso que as coisas dão errado. Às vezes o primeiro trabalho da pessoa é sendo um gestor público. Quando uma gestão pública erra, afeta a vida de todo mundo”, salienta.
Ao dialogar com Binho, os dois centralizaram o assunto sobre Educação, nos avanços conquistados: com o melhoramento do desempenho escolar, a valorização dos servidores e o enxugamento da máquina pública. Nesse sentido, Binho Marques disse que o prefeito que está no mandato ou que vai disputar a eleição de outubro, não tem que querer “inventar a roda”.
“O caminho primeiro é não inventar a roda. Na Educação são muitos problemas, mas eles são finitos e são conhecidos, soluções para eles existem. Então, a primeira coisa é não sair inventando coisa. Começou a gestão, desce do palanque. Para de prometer coisas. Baixa a expectativa, vai entender o problema. Foi o que a gente fez. A gente também não sabia. A gente entrou sem saber, a gente foi estudar, foi procurar saber, ver os relatórios que existiam. O primeiro gargalo é a folha de pagamento. A folha de pagamento que é o desafio porque ali você gasta 90% do recurso com folha de pagamento”, disse Binho Marques.