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POLÍTICA

Em Brasília, governo reforça pedido de apoio para enfrentar crise hídrica e incêndios no Acre

Em Brasília, governo reforça pedido de apoio para enfrentar crise hídrica e incêndios no Acre

Em reunião nesta quarta-feira, 28, na Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), o representante do governo do Acre em Brasília, Fabio Rueda, pediu celeridade nas providências solicitadas pelo governador Gladson Cameli para o atendimento à população afetada pela crise hídrica verificada atualmente no estado e para o combate a incêndios. O pedido foi reforçado pela secretária de Meio Ambiente, Julie Messias.

A reunião foi realizada com a chefe de gabinete da presidência da Sedec, Paloma Ramos. A previsão é de que o atendimento às solicitações do governo comece ainda esta semana. A gestora informou, também, que estão autorizados cerca de R$ 4,5 milhões para atendimento ao plano estadual relativo à situação de emergência ambiental decretada nos 22 municípios do estado, mas ainda não há prazo para a liberação dos recursos.

Na reunião, Fabio Rueda reforçou a preocupação e urgência do governador, lembrando que “o Acre atravessa uma seca histórica que gera grave crise hídrica com drástica redução do nível dos rios, dificultando o abastecimento das cidades, impactando na segurança alimentar e fornecimento de serviços, como água potável e energia”.

“Já existe um valor destinado de R$ 4,5 milhões, aproximadamente, para o enfrentamento à crise e buscamos celeridade no direcionamento desses recursos para o nosso estado, para que os benefícios possam chegar à ponta e as pessoas possam ter suas necessidades atendidas”, explicou Rueda.

A secretária Julie Messias lembrou que, em junho, o governo decretou situação de emergência ambiental nos 22 municípios e criou um gabinete de crise, liderado pela Defesa Civil estadual. Mas também precisa do apoio federal para as respostas necessárias e urgentes nesse sentido.

A secretária citou, entre os exemplos de gravidade da situação, o nível do Rio Acre em Rio Branco, que está a 11 centímetros de atingir a cota histórica registrada em outubro de 2022, o fato de já ter sido atingida a cota histórica em Brasileia e a gravidade da situação em outros municípios, como o Jordão e outros do Vale do Juruá. “Os níveis dos rios estão com alerta máximo”, disse, explicando que, além dos prejuízos de acesso e abastecimento, o problema também afeta a saúde da população.

“Temos uma seca severa, baixa umidade do ar, que temos buscado contornar por meio do combate e da prevenção das queimadas e do desmatamento, o que é fundamental neste período, mas o acúmulo de fumaça, com a baixa umidade do ar, agrava o estado de saúde da população”, lembrou.

A representante da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil se comprometeu em dar os encaminhamentos necessários ao pedido, buscando acelerar as respostas e o atendimento aos pleitos do Acre.

Também participaram da reunião os os assessores da Repac, Samuel Lisboa e William Raad, e o diretor de Meio Ambiente da Sema, André Pellicciotti.