Uma carta de um grupo de servidores da Fundação Elias Mansour, que deve chegar às mãos do governador Gladson Cameli, diz que o presidente do órgão, Minoru Kinpara, além de não atender os funcionários pratica perseguição.
O texto foi encaminhado ao Notícias da Hora. Os funcionários pedem para não ser identificados por medo de represálias.
“Viemos noticiar que esses assédios morais não aconteceram só com essa funcionária em questão, mas acontece em toda FEM. O presidente não atende ninguém, é blindado, não atende aos funcionários pra nada e para receber tem que fazer uma triagem com a recepção dele. Isso para os funcionário da Instituição, imagine para o restante? Funcionários trabalhando a base de humilhações, piadas, ameaças de demissão. Estamos adoecendo. Essa funcionária ainda teve peito para falar, mas nós temos medo. Medo de ser demitidos, de não ter o dinheiro para sustentar nossas famílias. Será que o Presidente da Fundação Elias Mansour tem Deus no coração? Vivemos acuados mesmo, só esperando o momento de ser demitidos (sic)”, diz parte da carta.
Procurado pela reportagem, Minoru Kinpara negou que persegue servidores. O professor lamenta o teor da denúncia e acredita que há a intenção apenas de prejudicá-lo.
“Não sei quem fez isso, não sei qual a intenção, quem está por trás disso, quais as intenções, não sei nem se essas pessoas assinaram essa carta ou se são cartas muitas vezes anônimas que as pessoas muitas vezes fazem sem assinar, mas quem conhece o professor Minoru sabe que o professor Minoru não tem esse perfil de perseguir ninguém. O que eu percebo é que existe uma intenção, infelizmente, por trás disso, de prejudicar, de tentar manchar a minha imagem. Lamento isso”, diz.
O presidente da Fundação Elias Mansour afirma ainda que seu histórico na vida pública como reitor na Universidade Federal do Acre e também professor dizem por si só.
“Quem me conhece como professor, durante esses mais de 30 anos em sala de aula, quem me conhece como reitor da Universidade Federal do Acre, a minha maneira de me relacionar com as pessoas, sabe que eu sempre faço gestão não para as pessoas, mas com as pessoas, dialogando, ouvindo, nunca tolerei que pessoas da minha equipe perseguisse alguém por questões políticas, ideológicas, jamais. Isso não faz parte do meu perfil. Quando assumi a presidência da FEM montei a minha equipe, estou dialogando com os fazedores de cultura, estou dialogando sempre com as pessoas com as pessoas aqui da Fundação, utilizo o máximo de tempo que eu posso para ouvir as pessoas, para ouvir, porque a gente não faz gestão para as pessoas, a gente faz gestão com as pessoas”, acrescenta.
Abaixo a carta na íntegra:
Viemos noticiar que esses assédios morais não aconteceram só com essa funcionária em questão, mas acontece em toda FEM.
O presidente não atende ninguém, é blindado, não atende aos funcionários pra nada e para receber tem que fazer uma triagem com a recepção dele. Isso para os funcionário da Instituição, imagine para o restante? Funcionários trabalhando a base de humilhações, piadas, ameaças de demissão.
Estamos adoecendo. Essa funcionária ainda teve peito para falar, mas nós temos medo. Medo de ser demitidos, de não ter o dinheiro para sustentar nossas famílias. Será que o Presidente da Fundação Elias Mansour tem Deus no coração? Vivemos acuados mesmo, só esperando o momento de ser demitidos.
Pedimos ao senhor GOVERNADOR, homem que votamos e acreditamos que iria honrar quem ajudou na campanha, nos ajudasse a sair desse lugar escuro que é a FEM. Mas não sendo demitidos, pois queremos trabalhar e ganhar nosso sustento sem ser ameaçados.
Temos medo de nos identificar e perder o emprego.
GOVERNADOR, NOS AJUDE, FAÇA O PRESIDENTE DA FEM PARAR DE PERSEGUIR OS FUNCIONÁRIOS, OU DAQUI UNS DIAS TEREMOS SUICÍDIOS CONCRETIZADOS. SALVE VIDAS!!!!!!!!!!!!
PEDIMOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO UMA INVESTIGAÇÃO ANTES QUE ACONTEÇA ALGO COM OS FUNCIONARIOS.
Atenciosamente
Funcionários da FEM.