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POLÍTICA

Em Congresso, Sinteac acata posicionamento de Edvaldo e pede fim do contrato com o Instituto Nosso Rumo e a escolha de nova banca para o concurso da Educação

Em Congresso, Sinteac acata posicionamento de Edvaldo e pede fim do contrato com o Instituto Nosso Rumo e a escolha de nova banca para o concurso da Educação

“O maior concurso da Educação não pode ser feito sob suspeição. Neste sentido, não existe outro caminho senão o rompimento, por quebra de obrigações, que são claras, com a banca examinadora contratada e a contratação de uma nova empresa para garantir a lisura do concurso”, afirma o parlamentar estadual.

Durante o 8° Congresso Estadual do Sinteac, que este ano traz o tema: “Defesa e promoção dos Trabalhadores em Educação: saúde, condições de trabalho e piso salarial”, os membros do Sinteac acataram o posicionamento feito pelo deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), que também já presidiu a instituição, para que seja cancelado o contrato com a banca examinadora Nosso Rumo e contratada uma outra, que garanta a lisura do concurso da Educação.

No documento, encaminhado ao Congresso, Edvaldo Magalhães voltou a defender um concurso limpo. Ele afirmou ainda que o contrato com o Instituto Nosso Rumo pode ser perfeitamente rompido, isso porque houve quebra de obrigações. Entre as denúncias apontadas pelos candidatos está o número insuficiente de fiscais para a aplicação das provas no último domingo (1/12).

“Importante lembrar a nossa luta em defesa da realização de um concurso público para a Educação com seriedade, responsabilidade e respeito aos candidatos. O maior concurso da Educação não pode ser feito sob suspeição. Neste sentido, não existe outro caminho senão o rompimento, por quebra de obrigações, que são claras, com a banca examinadora contratada e a contratação de uma nova empresa para garantir a lisura do concurso. Penso que esta deve ser uma decisão deste Congresso. Diante disso, conclamo aos trabalhadores para confirmarem esse posicionamento”, escreveu o parlamentar na mensagem lida durante o primeiro dia de Congresso, que aconteceu ontem (5/12), em Rio Branco.

A presidente estadual do Sinteac, professora Rosana Nascimento, disse que a decisão de aderir à proposta de rompimento do contrato com a banca Nosso Rumo e a contratação de uma outra será de “100% dos delegados”.

“Está banca já não garante segurança e confiança aos concursandos. Mas, queremos a manutenção da realização do concurso. Aqui a adesão será 100% dos delegados”, reforçou.

O presidente municipal do Sinteac de Cruzeiro do Sul, Pedro Lima, foi na mesma linha que Rosana Nascimento. Disse é necessário a contratação de uma nova banca examinadora. Para ele, o Instituto Nosso Rumo perdeu a credibilidade ao colocar o sonho de milhares de professores em risco.

“A insegurança causada pela banca organizadora do concurso da Educação do Estado do Acre, aos profissionais da Educação que realizaram a prova no último 1° de dezembro, gera uma desconfiança enorme, a ponto de defendermos a substituição da mesma. As denúncias realizadas pelos/as candidatos/as que realizaram as provas, apontam a falta de compromisso, responsabilidade e planejamento, passando pela falta de cadeiras nas salas, candidatos em sala de aplicação usando celulares e trocando informações, aplicadores despreparados e também utilizando celulares, a prova iniciando bem depois do horário estabelecido em edital. Portanto, o descrédito e a desconfiança à banca e, atendendo as diversas solicitações, enquanto representante da nossa categoria, não percebemos um outro caminho, que não seja, a substituição da banca, para a sequência do concurso”, disse o sindicalista.

O ex-presidente do Sinteac, professor Márcio Batista, também se posicionou. Ele afirmou que foram verificadas “várias aberrações”, desde a publicação do edital, elaboração das questões, até a aplicação das provas.

“Foram verificadas várias aberrações neste concurso da Educação. Com relação a conteúdos, não houve um cuidado, um zelo na elaboração das questões, a desorganização do próprio concurso, salas sem fiscais, a própria questão, inclusive o deputado foi o primeiro a abordar isso, aquela exigência da videoaula, que quebra completamente o princípio da isonomia. Muitos candidatos não puderam concorrer em igualdade de condições. Muitos dos candidatos não têm acesso a essa questão digital. Sem contar que os critérios estabelecidos pela Secretaria para avaliar essa videoaula pode cair na subjetividade. Qual o critério que vai embasar que uma determinada videoaula está melhor ou superior a outras videoaulas? Essas questões todas é que coloca sob suspeição o concurso. Fere de morte a questão da lisura”, ressaltou Márcio Batista.