O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, disse durante reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), realizada hoje (18), que o governador Gladson Cameli jamais falou em fechamento do setor de Nefrologia, da Fundhacre.
“Em momento algum, o governador falou que seria extinto. Pelo contrário, nós precisamos reforçar o nosso serviço. Usar o recurso financeiro de vocês de forma consciente, de forma responsável. Otimizar o recurso para que a gente consiga gerar mais ações”, disse Pedro Pascoal.
Ainda de acordo com ele, as equipes da Sesacre e da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) trabalham para a abertura de novos leitos de UTI para atender a demanda referente a realização de transplantes.
“Os próximos passos, inclusive ontem sentamos, para desenhar a cronologia das ações para que esses leitos sejam abertos de forma imediata”, pontuou.
Quanto à remoção de servidores do setor de Nefrologia, ele pontuou. “Aqui dando a segurança para os meus colegas da Saúde, meus colegas enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, assistentes sociais, toda a equipe multiprofissional, que vocês permanecerão naquele serviço, no máximo transferidos, por exemplo, para um apoio da hemodiálise de um leito de UTI”.
Transferência de pacientes
Ele destacou que a transferência de pacientes para clínicas particulares se deu em virtude do não fornecimento do insumo ácido/base por parte da empresa Centro Oeste, ganhadora do pregão eletrônico 351/2023, que protocolou ofício solicitando a repactuação do contrato com 27% de aumento sobre o valor firmado inicialmente.
“A questão é que os valores que eles estavam pedindo estavam muito acima da Tabela CMED. O SUS ele paga um valor X, R$ 240 por sessão de diálise. É um valor complementar. A tabela SUS ela foi criada em 2007. De 2007 para 2024 não houve nenhum reajuste para os valores pactuados lá em 2007. Então, aquele valor de R$ 240 que vocês observam na Tabela SUS ele está totalmente defasado. Nós não conseguimos fazer nenhuma contratualização a preço de tabela SUS. E eles pediram um valor de adequação desse produto 27% a mais. Eu não tinha argumento, eu não tinha segurança jurídica para comprar esse produto. Nós tomamos todas as competências administrativas e notificamos a empresa”, disse Pedro Pascoal.