A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre repudiou por meio de nota as declarações do secretário de Segurança, Paulo Cezar Rocha, que vazaram no WhatsApp no último sábado se referindo aos oficiais da Polícia Militar como “pessoas de capital intelectual fragilizado e desprovidos de inteligência emocional”.
No áudio, Paulo Cézar reclama de integrantes da tropa do alto comando e de integrantes da corporação que relutaram em fazer parte de uma operação conjunta com a Polícia Civil e a Polícia Penal, que tinha por objetivo encontrar os criminosos que mataram o pastor evangélico de 62 anos no 75 da Estrada Transacreana na noite de sexta para sábado. Paulo Cézar disse que há muita “vitimização” na Política Militar.
LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DA NOTA DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS:
NOTA DE REPÚDIO
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre, entidade representativa dos oficiais militares estaduais acreanos, vem a público repudiar veementemente as declarações do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Rocha dos Santos, que se referiu aos oficiais da Polícia Militar como “pessoas de capital intelectual fragilizado e desprovidos de inteligência emocional”, além de desqualificar sua formação, conforme veiculado em diversos sites de notícia locais.
Tal postura não condiz com o que se espera de um secretário de estado, mormente da pasta da segurança pública, que, pasmem, também é oficial da reserva da Polícia Militar do Acre. Atitude como essa denota total deslealdade e falta de compromisso com os princípios institucionais e ético-militares, a que todos os militares estamos submetidos.
Em tempos desafiadores como os que ora vivemos, não se admite a fragilização das instituições de segurança por parte daqueles que têm o dever moral de tutelá-las.
Por essa razão, as palavras do secretário causam-nos grande indignação, pois os membros da polícia militar, do soldado ao coronel, são submetidos à formação inicial adequada aos imperativos de sua missão, cujo tempo de duração varia de 9 meses, no caso das praças, a 3 anos, no caso dos oficiais, tempos esses superiores à formação inicial a que foi submetido o secretário, quando de seu ingresso nas fileiras da instituição, como já frisado pelo Comandante Geral, a quem endossamos nosso irrestrito apoio.
A Diretoria