NÃO QUER PROBLEMA COM O BOCA!
A secretária interina de saúde, Sheila Andrade, emitiu nota sobre as declarações de que a prefeitura de Rio Branco, administrada por Tião Bocalom (PP), paga mal os servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Sem jogo de cintura e manejo político, a secretária publicou tenta justificar o injustificável sua fala na aos vereadores na Câmara da Capital.
A declaração de Sheila foi dada aos vereadores durante sessão na Câmara Municipal de Rio Branco. A gestora foi à Casa do Povo para esclarecer as atividades alusivas ao Outubro Rosa e aproveitou para fazer um balanço da gestão provisória iniciada há cerca de um mês, período em que Frank foi afastado a pedido do Ministério Público.
Na Câmara, Sheila Andrade disparou aos parlamentares: “Eu, reconheço, que os nossos profissionais são mal remunerados, e é uma crítica minha muito pessoal. É até difícil a gente convencê-los”, fazendo menção à carga-horária alta devido à pandemia, e pouco retorno financeiro aos profissionais.
No mesmo dia, após publicação de reportagem pelo Notícias da Hora, a secretária buscou, de forma ríspida, ganhar espaço. Ela emitiu nota pública dizendo que não quis atingir o prefeito, mas esquece que em oito meses de gestão o atual prefeito já poderia ter sinalizado de qual forma vai melhorar a remuneração e ambiente de trabalho dos servidores da área de saúde.
Em nota, a Semsa confirma a fala da secretária, mas tenta dar novo tom ao discurso da gestora: “Ela sim admite, que todos os profissionais de saúde, sejam eles municipal ou estadual (...) merecem sim, ter um melhor reconhecimento laboral e é isso que a nova gestão do prefeito Tião Bocalom, vem trabalhando, com afinco, para levar mais dignidade à todos os trabalhadores do nosso município (sic)”, diz o informe.
A nota completa dizendo que em nenhum momento a secretária “afirmou categoricamente” que a responsabilidade é do prefeito Tião Bocalom, contudo, a instituição omite o fato de que é o prefeito que comanda as contas da prefeitura, tendo ele, por lei, a prerrogativa de apresentar projetos que visem a melhoria da remuneração dos profissionais que compõem o quadro efetivo do município.