Enquanto uma comissão de sindicalistas se reúne no quinto andar da Secretaria de Saúde, no centro de Rio Branco, com representantes do governo negociando as pautas da categoria, servidores do setor que protestam na porta do prédio da Sesacre batem panelas, dançam e até oram.
Ao usar o microfone, o técnico em ortopedia José Ribamar da Silva, que é presbítero da Igreja Assembleia de Deus, pediu aos colegas que dessem as mãos e conduziu uma oração pedindo a Deus que repreendesse "o espírito de mentira" dos representantes do governo.
"Que esses gestores não venham ser tomados por espírito de mentira. Faça que esses homens venham dizer a verdade e ceder àquilo que nós estamos necessitando", pediu o servidor e presbítero.
Mais cedo, o trabalhadores fizeram um panelaço. O presidente do Sintesac, Adailton Cruz, disse que o governo já apresentou duas contrapropostas, das quais uma, a última, é a que mais agrada a classe, pois atende a cinco das sete pautas dos servidores, entre elas a principal que é a reposição dos salários que sofreu com perdas por conta da inflação nos últimos anos.
O governo prometeu reposições dos anos 2020 e 2021, mas o sindicato negocia para que seja atendido o pedido de estender o benefício retroativo a 2019.