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POLÍTICA

Em semana decisiva, defensores travam batalha para ampliar fatia no Orçamento

Em semana decisiva, defensores travam batalha para ampliar fatia no Orçamento

Nesta última semana de trabalhos antes do recesso parlamentar, defensores públicos fazem uma peregrinação entre a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e os gabinetes da equipe econômica do Palácio Rio Branco para aprovar a proposta que aumenta a sua participação dentro do Orçamento.

A intenção é que a fatia da Defensoria Pública Estadual (DPE) saia do atual 0,9% para 2% da verba do Estado. Se dependesse apenas do apoio político da Aleac, a Defensoria teria assegurado este aumento, já que os 24 deputados são favoráveis ao ajuste.

A principal barreira, contudo, vem do Poder responsável por elaborar e executar o orçamento: o governo. Alegando operar com um caixa já no limite, tendo que arcar com muitas despesas da gestão anterior e ainda fazer a partilha com os demais Poderes (Legislativo, Judiciário, MP e TCE), o governo afirma não ter como fazer essa ampliação no momento.

Dentro da Aleac, a causa da Defensoria é liderada pela emedebista Antônia Sales. Ela é a autora do anteprojeto que aumenta os recursos. Apesar de fazer parte da base do governo Gladson Cameli (PP), ela tem encontrado resistências por parte da equipe econômica.

Desde a semana passada reuniões são feitas entre defensores e parlamentares, mas sem resultados concretos. A última ocorreu entre o fim da tarde e o início da noite desta terça, 9, na Comissão de Orçamento e Finanças. Mesmo com as longas conversas, nada foi decidido no encontro, com os defensores sendo convidados para uma reunião com o governo.

Com este aumento, a Defensoria espera melhorar seu atendimento, levando defensores, sobretudo, para os municípios onde não há essa presença. A ideia é contratar 16 novos defensores para distribuição pelo interior. Atualmente, apenas cinco das 22 cidades acreanas contam com a DPE, que é responsável por assegurar assistência jurídica a quem não tem condições de bancar um advogado.

“Essa é uma causa legítima e que, com certeza, vai beneficiar toda a população acreana, que tanto necessita da Defensoria Pública para ter acesso à Justiça, para que se concretize a justiça social”, diz Roberta de Paula Caminha, defensora-pública-geral.