Em solenidade no início da tarde desta terça-feira (20) no pátio do Deracre em Sena Madureira, o governador do Acre, Gladson Cameli, assinou a ordem de serviço para as reformas da rodoviária da cidade, da Rádio Difusora local,
24 escolas rurais, entregou uma quadra de areia e 14 máquinas para o serviço de recuperação de ramais.
Em seu discurso sob uma tenda com a presença de dezenas de pessoas, entre elas parlamentares, secretários de Estado e o prefeito de Manuel Urbano, Tanízio Sá, Gladson Cameli disse que não foi a Sena Madureira para brigar com ninguém, mas fazer parcerias e anunciar benefícios. Ele se referiu, embora sem citar nomes, ao prefeito da cidade, Mazinho Serafim, que nos últimos meses tem sido oposição ferrenha ao governo do Acre.
"Não vou compactuar com quem fica reclamando. Me deixe trabalhar. Estou cansado com gente que vive insatisfeito. Eu quero pedir às pessoas que vivem criticando que pelo menos respeitem vocês (trabalhadores). Sena Madureira não tem dono. Cadê as origens do povo daqui. Cruzeiro do Sul não é dos Camelis e muito menos dos Vianas. Tem um general? Se tem, sou eu que foi eleito pelo povo."
Na oportunidade, o governador anunciou a construção da Ponte do Segundo Distrito ao informar que a licitação da obra deve iniciar nos próximos 50 dias.
"Eu vou fazer essa ponte de Sena Madureira. Falo isso desde que sou deputado federal. Daqui 50 dias sai o processo licitatório da ponte", disse.
Visita ao Favo de Mel
A comunidade do ramal Favo de Mel, na zona rural de Sena Madureira, é uma das primeiras a receber os serviços do Deracre depois que as máquinas do Estado chegaram ao município há uma semana.
Antes, Cameli foi à casa do senhor Wilson no KM-8 do ramal. Lá, ele tomou café, tirou fotos com moradores, conversou e ouviu reclamações dos produtores.
O ramal tem 15 quilômetros. Nele moram cerca de 60 famílias que aguardam ansiosas pela recuperação do acesso e a construção de um aterro que vai pôr fim de uma vez por todas em um trecho vulnerável a alagamentos em época chuvosa e ao mesmo tempo virar acesso para quem mora nos ramais
Mario Lobão, Toco Preto Geraldo Fernandes.
"Eu não vim aqui para brigar com ninguém. Vim aqui para ajudar, para trazer a solução. Quero ouvi-los sobre suas necessidades. É para isso que o governo se faz presente, para trazer os benefícios constitucionais do direito de ir e vir", afirmou Gladson Cameli falando às pessoas presentes.
Da comunidade, Cameli ouviu relatos sobre pessoas doentes que morreram na região por causa da dificuldade de acesso no ramal durante o período de chuvas. "Muita gente morreu aqui porque não podia sair para a cidade devido as condições desse ramal", relataram os moradores.