O empresário Jarbas Soster, dono da empresa MSM Industrial que atua na manutenção da BR-364, disse que o principal problema da BR-364 é a defasagem dos contratos. Ele mencionou que os empresários estão retirando dinheiro de outras áreas para honrar os contratos.
“A questão é logicamente o preço. O preço que o órgão se propõe a pagar, o preço máximo não atende mais os custos que estamos tendo para atender essas obras. Cada medição é no vermelho. Nós estamos tirando dinheiro de outra área para colocar no Dnit”, disse o empresário.
Segundo Jarbas Soster, outro problema que implica na recuperação da rodovia é a janela climática. Ele disse que no Acre o verão amazônico se resume em 60 dias corridos de tempo seco, sem chuvas. “Temos 60 dias, no máximo, corridos para trabalhar. Temos a janela de tempo e o desequilíbrio contratual”.
Ele mencionou que antes, um caminhão para transportar pedras cobrava R$ 700 mil, hoje não sai por menos de R$ 1,8 milhão. Um pneu custava R$ 1.600,00, hoje fica na faixa de R$ 4 mil. “A tendência é de piora. O que quero apelar aqui, as empresas estão pagando para trabalhar para o Dnit. A inflação não corresponde à realidade. Os insumos das pedreiras são tudo dolarizados”.