Na lista dos mais ricos do país, empreendedor quis saber quem vai pensar nele
Uma conversa inusitada aconteceu na semana passada envolvendo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), e um dos empresários mais ricos do país. Durante o encontro casual, o dono de um conglomerado questionou o político, que também é ministro da Indústria e do Comércio, quem do governo vai pensar nos ricos.
Uma pessoa que acompanhou a conversa contou à coluna que o empresário, que é amigo de Geraldo, o parabenizou pelo cargo, mas fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele só pensa em pobre, não pensa no Brasil todo", teria dito o homem com naturalidade.
Com fortuna acima de R$ 1 bilhão, o empresário pediu apoio a Geraldo Alckmin para que o atual governo não taxe as grandes fortunas e não aumente os direitos trabalhistas. "Já é difícil ser empresário no Brasil e parece que vai ficar pior", reclamou.
Enquanto o vice de Lula garantia que o compromisso do atual governo é com todos os brasileiros, o ricaço voltou a dizer que o presidente só coloca o pobre em discurso. "Quem vai pensar nos ricos, que é quem faz a economia girar?", questionou.
Ainda no encontro, o empresário teria criticado o ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), por ter discurso crítico à elite financeira do país e aconselhou Geraldo a levar um recado. "Nós estamos chateados", afirmou sem dizer a quem se referia.
O vice-presidente, segundo um aliado, saiu bem da saia justa ao reafirmar o compromisso fiscal de Lula e criticar duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "O Geraldo lembrou que o Lula só precisa priorizar o pobre porque as pessoas estão morrendo de fome depois do desastre Bolsonaro".