Mais uma vez a Secretaria Municipal de Educação de Senador Guiomard adiou o retorno das aulas presenciais. E há um motivo. Segundo a vereadora Reginalda Silva (SD) durante os 10 meses de 2021 não foi realizado nenhum investimento nas escolas.
A constatação foi feita pela própria parlamentar. Em visita aos prédios escolares, ela não sou viu a situação como ouviu o desabafo de gestores e depois de pais de alunos.
Reginaldo não entende por que a prefeitura não deu sequer a mínima condição estrutural às escolas, já que há recursos para a execução de serviços.
"Falta tudo! Não houve reparos nos prédios, tem goteiras, terrenos no mato, falta água, falta material didático, impressoras e ares-condicionados quebrados.
Até mesmo para impressão das atividades remotas as escolas tiveram problemas, algumas passaram duas semanas sem entregar por falta de impressora."
O outro lado
Antônio Cláudio, membro do Comitê Covid no Município e presidente do Conselho de Educação, informou que o não retorno das aulas não tem a ver com problemas físicos nas escolas, mas por falta de EPI's, que são os equipamentos de proteção individual para a segurança sanitária de servidores e alunos exigidos por conta da pandemia de covid-19.
Segundo Antônio Cláudio, esses equipamentos já foram licitados e comprados, mas ainda não foram entregues.
Já a versão da diretora da escola Alberto Zaire, Rosely Terezinha, é um pouco diferente. Ela informa que pediu à Secretaria Municipal de Educação alguns reparos no estabelecimento escolar.
"Entramos em acordo, eu e a secretaria de Educação que não tinha condições dessas aulas iniciarem agora, no momento, pois precisava fazer reparos. Não foi a secretaria que impôs, não foi a escola que decidiu isso, nós entramos em acordo para dar um tempo para eles se prepararem para resolver essa situação, principalmente da água da escola."
O secretário municipal de Educação, Zezinho Martins, admite que há problemas crônicos nos estabelecimentos de ensino, mas reforça que algumas escolas já foram reformadas. Ele cita duas na zona rural: Manoel da Costa Sobrinho e Joelma de Oliveira.
"Na zona urbana a gente tomou alguns cuidados, porque existem problemas crônicos nas escolas que vem de anos anteriores e a gente está fazendo alguns paliativos para que não interfira na retomada das aulas presenciais, com exceção da escola Alberto Zaire que tem um problema na encenação que está precisando ser consertada, mas a gente já está lá dentro com alguns cuidados já para que até o final do ano todos esses problemas sejam sanados . É importante destacar que o fato de as aulas na voltarem no modelo presencial é que as aulas não estão paradas, estão ocorrendo normalmente no modelo remoto."