A médica Maria Emília Gadelha Serra, especialista em perícias médicas pós-graduada pela Santa Casa de São Paulo, fez a intervenção mais esperada na audiência pública desta segunda-feira na Aleac sobre os efeitos colaterais da vacina contra o HPV.
Identificando-se como acreana de pé rachado por ter uma das avós nascida em Brasileia, a especialista informou que sua apresentação foi batizada de “Núcleo de Atendimento, Diagnóstico e Tratamento de Sequelas da Vacina Anti-HPV Micaela Souza de Jesus”.
O nome é homenagem a uma menina que tomou a primeira dose da vacina no dia 27 de abril de 2018 e morreu 11 dias depois, antes mesmo de tomar a segunda dose na Vila Campinas. “Este um caso extremo do sofrimento destas mães que têm filhas apresentando sequelas depois da vacina. A conversa que eu tive com o seu pai foi a conversa mais difícil que eu já tive em minha vida como médica”, comentou ela.
Maria Emília fez uma longa explanação sobre o que significam as vacinas de um modo geral e a contra o HPV em particular e apresentou algumas propostas que deverão ser levadas adiante pela Frente Parlamentar de Defesa da Família e da Vida e pela Comissão de Saúde da Aleac.