Do lado a favor do presidente, manifestantes pedem ao Senado o julgamento dos processos de impeachment dos juízes do STF
A Esplanada dos Ministérios está dividida em dois lados para receber os atos pró e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Os manifestantes estão concentrados desde às 9h da manhã deste domingo (21/6). Mais de 900 policiais militares realizam a segurança do local.
No lado de apoio ao chefe do Poder Executivo, os ativistas se concentram do lado direito do Museu Nacional da República. Há um carro de som para mobilização do grupo, que veicula discursos críticos aos manifestantes contra o governo.
"A cruz significa um pedido de intervenção política, para que o presidente consiga manter a democracia e nos livre de tudo o que é nefasto", afirma um dos organizadores, de cima do carro de som.
Em meio aos discursos, os apoiadores citam passagens bíblicas. "Estamos buscando a justiça. Não estamos buscando fechar o Supremo (Supremo Tribunal Federal). E queremos que a lei seja cumprida, os mais de 20 pedidos de impeachment dos ministros do STF estão arquivados. Davi Alcolumbre (presidente do Senado) tem que colocar isso na mesa e é isso que pedimos. Não é nada fora da lei. O que queremos é praticar a justiça na nossa nação. Deus há de salvar essa nação", alega outro organizador.
"O Senado tem que cumprir o poder que nós colocamos nas mãos deles (senadores). Esses pedidos de impeachment precisam ser julgados", finaliza.
Apesar das recomendações sanitárias contra a disseminação do novo coronavírus, os manifestantes, enquanto a reportagem acompanhou o grupo, não respeitaram o distanciamento social nem todos usavam máscaras de proteção, de uso obrigatório no Distrito Federal.