Um documento encaminhado à Procuradoria Geral do Estado (PGE) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) recomenda ao Estado do Acre que adote medidas necessárias para apurar e adotar providencias quanto a denuncia de que servidores terceirizados da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (SEPA) estariam sendo coagidos a comparecer a reuniões políticas do candidato à Câmara Federal e ex-presidente da Federação das Industrias, José Adriano.
De acordo com o documento encaminhado ao secretário Edvan Maciel, no dia 02 de setembro, servidores terceirizados da SEPA estariam sendo coagidos a comparecer a reunião politica do candidato José Adriano, mediante ameaça de demissão por parte de Maciel.
“O Estado do Acre fora notificado, via e-mail, acerca de denúncia realizada junto ao Ministério Público do Trabalho - Procuradoria do Trabalho no Município de Rio Branco, autuada como Notícia de Fato nº 000162.2022.14.001/2 e convertida em Procedimento Preparatório. Em breve síntese, de acordo com a denúncia feita por meio eletrônico no dia 02/09/2022 os servidores terceirizados da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio estariam sendo coagidos a comparecer a reunião politica de candidato a deputado federal (JOSÉ ADRIANO), mediante ameaça de demissão por parte de Vossa Excelência (Secretário), no ambiente de trabalho, ou seja, no âmbito da Secretaria, no período de Agosto e neste mês (Setembro). Diante da denúncia, o MPT enviou a Recomendação supra para que o Estado adote algumas providências, em virtude do caráter de urgência”, diz trecho do documento que é finalizado com a sugestão de designação de reunião, na forma telepresencial, que foi realizada na data de ontem, 19, às 17h.
A reportagem tentou contato com o secretário de Produção e Agronegócio, Edvan Maciel, mas não conseguiu falar com o gestor da pasta.