Ponte de Puerto Maldonado foi tomada por índios Pampa na tarde de hoje e se configura como ponto mais agressivo à passagem de brasileiros, segundo polícia peruana
“O dinheiro acabou, não tem nada, estamos pedindo socorro ao governo brasileiro” informou o acreano com dupla nacionalidade, Brunno Sampaior, que mora em Puerto Maldonado, capital do departamento Madre de Dios e da província de Tambopata, um dos quatro pontos de bloqueios registrados por protestos contra a presidente Dina Boluarte, sucessora de Pedro Castillo.
Segundo informações que a reportagem teve acesso, além de acreanos que moram em Puerto Maldonado, há sete carros de brasileiros de Rondônia e do Amazonas, tentando atravessar para o lado do Brasil.
Em coletiva na manhã, em Rio Branco, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) informou que os manifestos, chamados de ‘Paro Nacional’, continuam gerando resultados emergentes, em várias cidades peruanas. Em Puerto Maldonado, segundo Sampaior, a crise se agravou com a chegada, por volta do meio dia desta quinta-feira, de índios Pampa.
“Eles fecharam a ponte e usam de força contra quem tenta passar. Nós brasileiros que moramos aqui estamos impedidos de trabalhar, o caos se instalou na região” afirma o acreano.
Sampaior enviou ao noticiasdahora vídeos que mostram uma situação de caos. Segundo o cantor, 17 pessoas morreram nas últimas horas. “A situação é muito séria. Somos convocados para participar das manifestações e temos medo de morrer, esses índios Pampa são um terror” acrescentou Sampaior.
A Polícia peruana confirmou o bloqueio de um trecho da Interoceânica que liga o Peru ao Brasil, em Puerto Maldonado. Os protestos pedem a convocação de novas eleições gerais após o ex-presidente Pedro Castillo ser destituído do cargo por tentar – sem êxito - um golpe de Estado.
“Faça essa notícia chegar até as autoridades no Acre, os peruanos gostam dos brasileiros, a galera tá pedindo socorro do Brasil”, concluiu o acreano.
Ouça aqui o apelo feito por Sampaior: