..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

“Estamos subsidiando o mais pobre, tirando esse peso das costas dele”, diz Bocalom ao defender subsídio 

“Estamos subsidiando o mais pobre, tirando esse peso das costas dele”, diz Bocalom ao defender subsídio 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), voltou a se manifestar sobre as críticas em relação ao transporte coletivo na Capital acreana. Durante entrevista na terça-feira, 16, ao Notícias da Hora, ele rebateu as acusações de que a prefeitura estaria “colocando dinheiro nas empresas” e afirmou que os aportes financeiros (transferência ou injeção de dinheiro (recursos) para um negócio, projeto ou conta de investimento) têm como principal objetivo evitar que a população pague tarifas mais altas.

“Não foi investido nas empresas, foi investido na população. No momento em que a prefeitura paga a diferença da passagem, quem teria que pagar seria o usuário. E quem anda de ônibus é o trabalhador, o mais humilde. Então, nós estamos subsidiando o mais pobre, tirando esse peso das costas dele”, argumentou.

O gestor destacou que o aumento no preço do óleo diesel é um dos principais fatores que encarecem o serviço. “Quando entrei em 2021, o diesel custava R$ 3,60 e a passagem era R$ 4,00. Hoje, o diesel está em quase R$ 8,00, mas a passagem para o usuário continua em R$ 3,50. Sem o subsídio, ela estaria em R$ 8,00”, explicou.

Apesar de admitir insatisfação com a qualidade do serviço, Bocalom disse que, pelo valor atual pago às empresas, não é possível exigir ônibus novos ou melhorias mais significativas. “Se aparecer uma empresa com frota nova e serviço de ponta, vai ter que aumentar o valor. Pelo preço que se paga hoje, não dá para cobrar mais”, reforçou.

O chefe do Executivo também confirmou que tramita na Câmara Municipal um pedido de recomposição tarifária. Caso seja aprovado, o valor repassado pelo município às empresas subirá para R$ 7,13 por passageiro, ainda abaixo dos R$ 8,00 que, segundo ele, seriam cobrados diretamente do usuário sem o aporte.

Sobre a licitação do transporte público, Bocalom afirmou que o processo está em andamento, mas ressaltou que o cenário de crise é nacional. “Não é só Rio Branco. O Brasil inteiro enfrenta problemas no transporte coletivo. Muitas empresas estão entregando concessões. É uma dificuldade geral”, frisou o gestor.