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POLÍTICA

Estudo mostra que Acre pode ser a porta de saída de produtos para a América do Sul e países asiáticos via portos do Peru

Estudo mostra que Acre pode ser a porta de saída de produtos para a América do Sul e países asiáticos via portos do Peru

Assis Brasil está entre as cidades que poderá viver dias prósperos com corredor bioceânico

A cidade de Assis Brasil está na lista de cidades brasileiras que poderá ter um salto em seu desenvolvimento urbano. É o que mostra o livro Agropecuária Brasileira – Evolução, resiliência e oportunidades, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea).

A justificativa para isso seria pelo fato de o município acreano ser o último elo da cadeia de distribuição de mercadorias que entram no Brasil pelos portos do Atlântico. Ou seja, Assis Brasil, com um posto alfandegário arrojado, poderá ser um ponto de passagem de produtos vindos das demais regiões do Brasil com destino aos portos peruanos.

“Essas cidades são consideradas o último elo da cadeia de distribuição de mercadorias que entram no Brasil pelos portos do Atlântico. O desenvolvimento de novos nós logísticos na América do Sul também poderá estimular a multimodalidade, a eficiência dos transportes de cargas, a economia circular no continente e o desenvolvimento de seu entorno próximo, incluídas as áreas de fronteira”, diz a publicação.

Ainda de acordo com os autores, Assis Brasil e outras cidades acreanas, de Rondônia e até do Mato Grosso podem ser beneficiadas com a entrada de produtos peruanos, como já ocorre em Inãpari, cidade peruana vizinha à Assis Brasil.

“A pequena cidade peruana de Iñapari, por exemplo, situada no departamento de Madre de Dios e fronteiriça à cidade brasileira de Assis Brasil (Acre), recebe em seus pequenos comércios produtos advindos da capital Lima. O interessante é que o município se encontra na Amazônia peruana e, portanto, a leste dos Andes e do Pacífico. Em tese, se Iñapari pode receber produtos da região metropolitana de Lima, Assis Brasil e outras cidades do Acre, Rondônia e partes do Mato Grosso, que apresentam acentuado crescimento econômico, também podem fazê-lo”.

E acrescentam: “Viabilizar um conjunto de corredores bioceânicos que estimulem o comércio intrarregional sul-americano e o acesso direto aos dinâmicos mercados asiáticos deve, portanto, ser uma das prioridades na agenda positiva dos temas regionais. É fundamental ressaltar que os corredores bioceânicos são infraestruturas de interconexão não concorrentes. Por serem complementares, podem conformar uma rede interoceânica de infraestrutura multimodal e logística na América do Sul. Seu êxito permitirá ao Brasil, e aos demais países sul-americanos, superar o antagonismo Atlântico-Pacífico e reverter parte do histórico déficit regional de infraestrutura, que há tempos onera o preço final dos produtos do continente, devido aos altos custos logísticos do transporte de bens destinados à exportação e das importações de insumos estratégicos fundamentais à produção agrícola e à pecuária”.

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